domingo, 29 de março de 2009

Administrador delegado não executivo


O administrador delegado não executivo é um cargo que proporciona aos partidos ter homens de confiança nas empresas.
Estas por sua vez são beneficiadas a quando de concursos públicos e outras benesses.Existem várias empresas privadas que pagam ao seu administrador delegado,alem do ordenado,quantias referentes a "consultadoria". Note-se que a consultadoria aqui significa tráfico de influências
Como afirma João Cravinho,a corrupção de Estado só é possível pela conivência de quem tem um alto poder. A maior corrupção é a corrupção de Estado, é a que envolve as maiores valores e implica a submissão dos interesses públicos aos privados, e não estamos a fazer nem de longe o que devíamos para a combater.
Todo o dinheiro pago em luvas e em favorzinhos faz com as empresas sejam prisioneiras de um polvo cada vez maior. Há que denunciar cada vez mais e exigir ao governo que tome medidas
Só não vê quem não quer basta ir ao "google" e pesquisar quem são alguns dos"administradores delegados não executivo"

Publicado Mariazinha e no Libertário

sábado, 28 de março de 2009

Crime organizado

Transcrição de um texto assinado recebido por e-mail.

Bem me parecia que isto das falhas na área da Justiça tinha alguém, a quem interessa que a Justiça não funcione!
Depois de ouvir na TV um juiz falar sobre o assunto, vi finalmente alguém da área, pôr tudo a claro!
A quem interessa que um departamento especializado nos crimes económicos nunca mais seja posto a funcionar?
A quem é que interessa que não seja contemplado na nossa legislação o crime de enriquecimento ilícito?
A quem é que interessa que as escutas telefónicas e os filmes ou vídeos não sejam admitidos como prova?
A quem é que interessa que continue o regabofe dos recursos aceites em tribunal só porque o condenado não concorda com a pena?
A quem é que interessa a vergonhosa legislação sobre os actos de pedofilia, violação e violência doméstica?
E muito mais vergonhas que não indico porque a lista já vai longa!...

É devido a tais vergonhas que o senhor Dias Loureiro não pode ser constituído arguido por ser membro do Conselho de Estado. Mas também não pode ser demitido pelo Presidente da República por mor de um regulamento votado pela Assembleia da República que o impede de demitir quem foi por ele escolhido!!

Quem é favorecido por todas estas falhas?
Claro que todos nós sabemos.
Está na hora de se organizarem os contribuintes que acabam por sofrer na pele todas estas vergonhosas e miseráveis situações.

O que falta ainda para que este Povo abra os olhos e proclame BASTA?

José Morais Silva

NOTA: Isto faz recordar uma anedota ilustrada que recebi há dias. Em frente à TV o pai olhava atentamente o ecrã, enquanto o filho, de copo na mão, olhava o jornal que tinha sobre os joelhos. O filho diz: estou a pensar dedicar-me ao crime organizado. E o pai, talvez distraidamente, pergunta: privado ou do Estado?
Era uma anedota!

sexta-feira, 27 de março de 2009

REAPRENDAMOS A NADAR COMPANHEIROS!



Ao longo de 35 anos temos vindo a ser defraudados consecutivamente no que respeita às conquistas adquiridas com a revolução de 25 de Abril, bem assim como ao rumo dado ao país por sucessivos (des)governos que apenas têm cada vez mais desbaratado os direitos dos trabalhadores e criado injustiça e degradação social, cavando um crescente e profundo fosso que separa os mais ricos dos mais pobres.
Não se trata de retórica e demagogia, os números reais do país real falam por si: os desempregados e os trabalhadores em situação precária aumentam todos os dias e as empresas falem (fraudelentamente ou não) em série; a Justiça funciona deficitariamente ou simplesmente não funciona, pelo menos para os mais desfavorecidos e carenciados que não têm recursos para contratar bons advogados; o sistema de saúde está podre, bastando entrar num centro de saúde para se perceber as condições precárias que estão à disposição dos utentes; o sistema educativo sofre contestação por parte de alunos e professores como nunca havia existido neste país; a corrupção, o compadrio, o lóbi e o lambe-botismo continuam em franco crescimento num país tradicionalmente permissivo a estes cancros sociais.
Por tudo isto e muito mais, e como o caminho que nos têm levado a seguir não é sistema, solução ou via para uma alteração profunda de mentalidades e políticas que visem uma maior justiça social, igualdade, solidariedade e desenvolvimento, é chegada a hora de dizer basta!
A hora é de união do POVO, que é e será sempre soberano, e de uma tomada de posição que possa repor um caminho diferente ao que temos vindo a seguir, tomando nas nossas mãos o direito e o dever de transformar esta sociedade em algo mais humano e justo que não a podridão neo-liberal em que estamos atolados.
A decisão é de todos, hoje!

domingo, 22 de março de 2009

Cães, Cabras, Parasitas e Outros Animais

Que espectáculo, a substituição do Provedor de justiça! A ganância dos políticos não é nada que não se saiba, mas o modo como este caso tem transpirado tem sido dos mais úteis por demonstrativo. Com o seu cinismo habitual, a Manela Leiteira quer-nos convencer do contrário, de que um assunto público por natureza não deveria vir a público. Felizmente que isso aconteceu para mostrar aos mais ingénuos a corja que constitui os partidos nacionais.

Têm-se invectivado de ambos os lados, no que a Manela tem de certo grande prática e habilidade. Com a sua falsidade costumeira tem querido sempre atirar com as culpas para os outros, nunca para os seus. Ao que parece, aqui, caso se atribua aos corruptos o direito de açambarcarem todos os lugares importantes, a culpa parece ser a dividir pelo meio.

Todos os políticos procedem de modo idêntico, é essa a desgraça do país. A maior desgraça, todavia, é a da população parecer cada vez mais anestesiada e totalmente incapaz de inverter a situação. A ignorância geral está bem demonstrada no que se ouve: quando se está desiludido pelos políticos abstém-se de votar. Com tal desinformação jamais se chegará a qualquer lado e nada poderá mudar.

Interessante, que nos venha agora a chiba da Leiteira dizer que o governo actual é o culpado da desgraça na agricultura portuguesa. É evidente que só pode fazê-lo sem o mínimo receio de se mostrar ridícula por estar certa de que o povo desmiolado não se pode recordar de como os governos do Cavaco destruíram pescas, indústria e agricultura. Já todos se esqueceram? Se o povo não fosse tão estulto no seu conjunto, a máfia corrupta não se aventuraria a tanta banha da cobra e não se admitiria uma tal corrupção. Todavia, o atraso mental é tão grande que muitos até acreditam que também eles se podem aproveitar da corrupção geral fazendo-a jogar em seu favor. Só os ricos dela se podem realmente aproveitar e sempre á custa dos pobres. Ora, num país em que a pobreza tanto se desenvolveu por isso mesmo, já se vê a conclusão.

É inconcebível que a democracia não tenha ainda chegado a esta ponta da Europa por simples culpa da corrupção das oligarquias políticas assembladas em famílias autenticamente mafiosas. É inconcebível que esses execrandos não parem de falar em democracia com a única intenção de ocultarem a sua inexistência. Por outro lado, a ignorância nacional geral é tão profunda que existe, efectivamente, uma enorme maioria da população genuinamente (estupidamente) convencida de que Portugal é uma democracia, apenas porque se vota (também se votou durante a maior parte do tempo que o Estado Novo durou). Como o poderia se, quando os seus princípios básicos apenas existem nas palavras? Nenhum país é uma democracia por ter uma constituição que o afirme nem por não se parar de nelas se falar; uma democracia vive-se. Quanto mais nela se fala menos ela existe. É assim em todo o mundo e Portugal não é nisso excepção.

A correria dos cães esfaimados ao ataque dos postos que deveriam ser postos a concurso para gente competente tem que acabar. O aberto parasitismo dos incapazes que mais nada sabem fazer na vida senão parasitar tem de terminar de vez. Sem que acabe, a administração pública será sempre aquilo em que o parasitismo e a incompetência dos dirigentes dela fizeram e que tão bem conhecemos. Trata-se dum travão para o progresso nacional. É este o primeiro passo para uma democracia. Muitos outros há, mas este é o mais significativo: não há democracia com corrupção. A corrupção é humana não poderá ser erradicada por completo, mas este caso é o seu maior exagero possível e a origem de toda a corrupção subsequente.

A BATALHA DAS IDEIAS NA CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS (6)

Movimento Social

Os movimentos sociais não lutam para ter poder no Estado ou nas suas instâncias institucionais de poder. Eles estão sempre organizados fora do Estado, defendendo a devolução do poder político ao povo. Assim, acreditamos que o problema não é quem ocupa o Estado, mas o próprio Estado.
E só desta maneira que entendemos o conceito de poder popular, defendido por outros grupos e organizações. Se por poder popular entendemos a crescente força social das organizações das classes exploradas, que estão inseridas em uma disputa permanente com o capitalismo e com o Estado, então estamos de acordo. No entanto, há aqueles que defendem o poder popular como a sustentação de vanguardas descoladas da base, hierarquia, partidos autoritários, reivindicações do Estado e burocracias de vários tipos.

Além da acção directa, como forma de fazer a política, os movimentos sociais, na forma como os entendemos, têm a necessidade, caso se proponham agentes de uma significativa transformação social, de utilizar a democracia directa como método de tomada de decisões. A democracia directa acontece nos movimentos sociais quando todos os que neles estão envolvidos participam efectivamente do processo de tomada de decisões. Com a utilização deste método, as decisões são tomadas de maneira igualitária (todos possuem a mesma voz e o mesmo poder de voto) em assembleias horizontais, onde os assuntos são discutidos e deliberados. Não há pessoas ou grupos que discutem os assuntos e que deliberam fora das assembleias; não há hierarquia ou chefes que mandam e outras que obedecem.A democracia directa exercida neste modelo pode-se comparar ao funcionamento do socialismo libertário. Ou seja, os movimentos sociais se coordenam internamente pelos princípios da autogestão e se articulam, nos casos de necessidade, pelo federalismo. É importante ressaltarmos que actuando desta forma, estamos incorporando em nossos meios de luta, posições defendidas para os fins que desejamos atingir, confirmando a máxima de que “os fins justificam os meios”. As próprias lideranças e funções assumidas são temporárias, rotativas e revogáveis.

Neste modelo de movimento social, há uma importância para a conduta militante com ética e responsabilidade. A ética, que norteia uma conduta militante correcta, em princípios que se opõem ao capitalismo e ao Estado e que sustentam a cooperação, a solidariedade e o apoio mútuo. Ela ainda norteia o comportamento militante que actua sem prejuízos para com os outros, que estimula o apoio, não permitindo as posturas que visam a cisão ou a disputa interna desleal. A responsabilidade, princípio que se opõe aos valores do capitalismo, estimula que os militantes dos movimentos sociais tenham iniciativa, que assumam responsabilidades e as cumpram, isso evitará que poucos fiquem sobrecarregados com as muitas tarefas, que tenham atitudes condizentes com o espírito de luta e que contribuam da melhor forma com os movimentos sociais.

A solidariedade e o apoio mútuo também são princípios que devem ser estimulados nos movimentos sociais. Em oposição ao individualismo do capitalismo, a união das classes exploradas para combate ao capitalismo e ao Estado deve ser estimulada. Ao sair do isolamento e buscar associar-se, juntando-se a outras pessoas que querem construir um mundo mais justo e igualitário, as pessoas constroem a solidariedade de classe. Esta dá-se na associação de uma pessoa com outra para formar um movimento social ou mesmo de um movimento social com outro, na busca da construção da organização popular e da superação do capitalismo e do Estado. Neste caso, os limites do Estado não devem ser reconhecidos, pois os movimentos sociais têm de se solidarizar pelos interesses de classe. Quando são pautados pelos interesses de classe, os movimentos sociais são internacionalistas.

Também, os movimentos sociais constituem um espaço privilegiado para o desenvolvimento de cultura e educação popular. É na cultura, como forma de ser e de viver das classes exploradas, que dará corpo à educação popular. Todos os que estão mobilizados desenvolvem sua aprendizagem e as novas formas, manifestações, linguagens, experiências e vivências traduzem o espírito da luta. Como não há um saber acabado, é o processo de troca entre os militantes que permite esta educação, em que não há um professor e um aluno; todos são professores e alunos. Todos aprendem e todos ensinam. Assim se dá a construção de uma educação que respeita a cultura popular e capacita os militantes a partir dos diálogos, dos debates, das trocas de experiências. Neste processo, é possível contrapor os valores do capitalismo que são transmitidos, todos os dias, pelos meios de comunicação, pelas escolas e pelo sistema.

# ferroadas

sexta-feira, 20 de março de 2009

Conflitos evitáveis

Recebi do Amigo José Luís Borges esta mensagem por e-mail que me deixou em dificuldade para responder por nem sequer saber para que fim pretende a minha opinião. Sobre isto pode escrever-se um livro com vários volumes, ou responder apenas com um ou dois monossílabos.

Gostei dos artigos que li sobre como evitar os conflitos.
Gostaria de saber sua opinião se o Conflito é inevitável, e aí levo em consideração todos os conflitos armados (guerra) ou não.
Considere aspectos de relações internacionais, políticos e geopolíticos.

Realmente já escrevi vários posts em que me referi aos conflitos, como se pode ver na lista de links que junto no fim deste texto.

Ao escrever tais posts e ao usar a palavra evitar, queria apenas referir os conflitos armados. Não é realista desejar evitar «conflitos» de outra ordem, pois desentendimentos, discordâncias, conflitos de interesses, diferenças de pontos de vista, etc. são naturais e fazem parte do relacionamento entre os diferentes povos, com religiões, tradições, recursos complementares ou concorrentes, fronteiras comuns, etc.

E, perante tais situações, será virtuoso tentar um diálogo ou negociação para se chegar a uma solução pacífica com o mínimo desgaste de vidas e de recursos materiais. Na actividade económica com trocas comerciais, entre países vizinhos ou entre os mais distantes pontos do Globo, a negociação é natural e raramente é colocada a hipótese de soluções violentas, até porque a arma económica já é de tal modo poderosa que serve de dissuasão, pressão, ameaça ou retaliação.

Felizmente, já existem muitos exemplos em que o diálogo e a negociação tem resultado, como foi o caso dos vários picos da «guerra fria» e recentemente com a Coreia do Norte que estava a levantar receios na Coreia do Sul e no Japão e a considerar em perigo uma boa parte da costa Ocidental americana.

Agora, está em curso a activação da simpatia entre o Irão e os EUA, sendo a elaboração deste post estimulada pela notícia de que «Obama falou directamente ao regime iraniano propondo superar conflito», por ocasião do novo ano iraniano, dizendo "Nesta época de novos começos, quero falar claramente aos líderes iranianos", "A minha administração está disposta a praticar uma diplomacia que trata a totalidade dos problemas que temos perante nós e a procurar estabelecer relações construtivas entre os Estados Unidos, o Irão e a comunidade internacional. Este processo não progredirá pela ameaça. Procuramos pelo contrário um diálogo honesto e fundado no respeito mútuo".

Também entre os EUA e a China. Está a ser levado a cabo um diálogo sério e aberto assente no respeito mútuo entre Estados soberanos, com grande potencial bélico.
Não deve deixar de ser referida a viragem positiva conseguida no relacionamento do Ocidente com a Líbia, após o atentado de Lockerbie, e posterior bombardeamento aéreo a Trípoli - sem qualquer resultado positivo -, a diplomacia francesa e britânica conseguiram convencer Kadhafi que seria vantajoso para a Líbia e para o Ocidente o estabelecimento de um bom relacionamento de entendimento e colaboração. E, realmente, a partir daí, os benefícios mútuos têm sido notórios.

A guerra no Iraque, ainda por terminar, poderia ter sido evitada se a França não tivesse feito uma asneira imprevisível do País que foi pai da diplomacia: O Saddam Hussein estava pronto a ir para o exílio e estava a escolher se iria para um palácio Líbio ou na Arábia Saudita, porque levou a sério o bluff americano com todas as forças nas imediações do Índico. (Toda a guerra é precedida de manifestações de força para convencer o adversário a ceder sem uso das armas). Mas quando industriais de petróleo franceses chegaram de avião a Bagdad, apesar de o espaço aéreo estar interdito, para assinar novos contratos, o Saddam convenceu-se de que os Americanos não iriam além do bluff, ignorando que estes já estavam junto do ponto de não retorno. E a sua atitude que, com os sinais dos franceses, se tornara mais arrogante, fez desencadear a guerra.

O medo, a desconfiança, a falta de diálogo, de transparência, presta-se a actos violentos, como são as guerras. Daí que um bom relacionamento e a resolução pacífica dos pequenos conflitos evita que estes degenerem em guerra, que é sempre mais custosa do que eventuais benefícios que possa trazer.

Seria pois desejável que qualquer desentendimento fosse resolvido pacificamente com oportunidade para evitar o seu agravamento e o perigo de gerar violência. Isso até poderia, contra os interesses das indústrias de armamento e de equipamentos bélicos, contribuir para que, utopicamente, as forças armadas se tornassem uma actividade em vias de extinção, o que seria a prova de que a humanidade passaria a agir com racionalidade, confiança, franqueza, abertura, etc. e a diplomacia daria solução aos diferendos.

P.S.: Há dias, a propósito de educação foi referido que um psicólogo defende a negociação entre alunos e professores e entre filhos e pais, com o que a autora do texto não concordava. Realmente a negociação, no sentido aceite neste post, só tem pleno significado entre duas entidades com capacidade para aceitar, fazer cedências e exigir. Não é esse o caso da educação, em que o educador deve impor procedimentos cívicos, embora o deva fazer por persuasão, explicação e demonstração dos benefícios resultantes dos bons comportamentos e do respeito pelos outros..

- Negociação em vez de guerra
- Reflexões sobre a guerra
- Para evitar conflitos armados
- Nobel da Paz. Negociação e Mediação
- Conversações em vez de Confronto
- Relações internacionais mais pacíficas?
- Humanidade sem terrorismo
- Terroristas, dissidentes ou apenas oposição?
- Negociar, coligar em vez de utilizar as armas

segunda-feira, 16 de março de 2009

Assim não dá !


"O penalista Costa Andrade e a juíza Fátima Mata-Mouros consideram desnecessária a criação do crime de enriquecimento ilícito, alegando que o Direito Penal já prevê e pune uma série de situações que levam a esse enriquecimento injustificado, escreve a Lusa.A criação do crime de enriquecimento ilícito integrou inicialmente o pacote legislativo anti-corrupção que o então deputado socialista João Cravinho quis fazer aprovar no Parlamento em 2007, mas, apesar de a ideia ter fracassado por falta de consenso e apoio, a polémica ressurgiu recentemente com o arquivamento do inquérito relativo a autarcas e funcionários da Câmara Municipal de Braga por suspeitas de enriquecimento ilícito.
Costa Andrade observou que se há indícios de enriquecimento ilícito de um titular de cargo público ou político é possível tentar apurar que crimes estiveram na base desse enriquecimento, podendo ser corrupção, participação económica em negócio, prevaricação, infidelidade, peculato e até furto.Também a juíza desembargadora Fátima Mata-Mouros, que no seu percurso profissional esteve à frente do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), que acolhe os processos de crime económico e financeiro mais grave e complexo, defendeu que as autoridades devem procurar desvendar que ilícito conduziu ao enriquecimento injustificado."

In TVI 24

Entretanto tanto o BE como o PSD defendem o enriquecimento ilícito deve ser considerado um crime como uma das formas de combater a corrupção. Já para Candida Almeida directora do DCIAP, o poder não cria leis contra si próprio, a corrupção existe onde há poder. Se uma pessoa não tiver poder de decisão não há corrupção. O poder é quem legisla e nesse poder há os lobbies políticos.
Está tudo dito!
Esta é a realidade portuguesa e não me venham com balelas só não vê quem não quer. Estamos fartos de ser os mesmos papalvos de sempre, queremos um país a sério.Queremos gente honesta!


Publicado tambem no Mariazinha

quinta-feira, 12 de março de 2009

PELA SALVAÇÃO DO POSTO DE TRABALHO, PARA NÃO RECORRER À MENDICIDADE

Quem fez a crise, que pague a crise.

Se um trabalhador for incompetente ou de qualquer forma executar a sua função ou tarefa com ineficácia, desleixo e prejudicar o bom funcionamento e sequência do trabalho para que estava contratado, é-lhe movido um processo disciplinar podendo até ser despedido com justa causa.

Por que razão não se pode aplicar esta “regra” aos milhares de incompetentes que nos levaram a todos para a situação actual, sim, porquê não?

Quando digo fábrica fechada, era fábrica ocupada, estou simplesmente a dizer, se os trabalhadores nada fizeram para que a mesma fechasse, por tal, temos o direito de salvaguardar o nosso posto de trabalho.

Portugal atingirá a curto prazo a cifra astronómica de QUINHENTOS MIL DESEMPREGADOS, 10% da população activa, milhares de compatriotas nossos começaram a recorrer à caridade, a sopa dos pobres não aceita mais ninguém, milhares de casas deixaram de ter electricidade ou água canalizada, a falta de pagamento assim o obriga, a carne ou o peixe tornou-se um luxo, no fundo, Portugal tornar-se-à a curto prazo um país de pedintes e sub-nutridos, onde meia-dúzia de chicos-espertos pró-sistema continuarão a mamar na teta daquilo que vai sobrando.

Solução, claro que existe solução, bastava para tal que o Povo de consciencializasse que o seu posto de trabalho nunca podia ser posto em causa, aliás direito constitucionalmente consagrado. Se somos nós que criamos a riqueza porque não tomar nas nossas mãos os nossos destinos, porque não actuarmos com firmeza perante actos de intimidação de quem põe em causa o nosso futuro e o dos nossos filhos?

Sim camaradas, não fomos nós que fabricamos a “crise”, esta foi-nos imposta pelo grande capital, pelos especuladores, pelos incompetentes quer governantes quer gestores, então vamos pedir-lhes responsabilidades. A única forma que temos é a da luta pelo posto de trabalho, se o patrão quer abandonar a empresa então tomamos nós conta da mesma, não somos capazes? Claro que somos. A auto-gestão é o caminho, exemplos de empresas auto-gestionárias não faltam, temos é de tomar atitudes firmes, sermos unidos e solidários e não deixar que ninguém fale ou actue em nosso nome.

# ferroadas

segunda-feira, 9 de março de 2009

CONTINUAMOS ENTREGUES À BICHARADA


«Descobriu-se» agora que o ministro da Economia, Manuel Pinho, terá feito duas viagens ao estrangeiro (Alemanha e Polónia) em «serviço», nos anos de 2005 e 2006, que orçaram a «irrisória» quantia de 42.546 euros (!!!) devidos pela requisição de um Falcon à Força Aérea Portuguesa.
Segundo o mesmo (Pinho), estas viagens foram de extrema importância nacional pois visaram captar investimentos estrangeiros para Portugal.
Sem querer discutir a importância ou não dos périplos, nem sequer alimentar lavagens de roupa sobre qual a entidade responsável pelo pagamento em dívida (como é costume neste país a bola agora anda de mão em mão), apraz-me apenas realçar o facto da necessidade de requisição de um avião militar para uma viagem de negócios que, penso eu (e não devo ser o único) podia perfeitamente ter sido feita numa qualquer companhia aérea de aviação civil, poupando largos milhares de euros ao erário público. Mesmo viajando em classe excutiva na TAP ou, por exemplo, LUFTHANSA (com escala em Frankfurt com ligação para a Polónia) e mesmo levando uma comitiva de 2 ou 3 pessoas, a viagem teria ficado certamente mais em conta.
Casos como este que não chegam ao conhecimento público, ou então chegam passados anos, serão inúmeros e demonstram mais uma vez que quem devia ser eleito para servir é na maioria das vezes eleito para se servir, desprezando o rigor e as contigências próprias de uma época económicamente difícil, em que amíude os governantes pedem «apertar dos cintos» à populaça e depois dão exemplos contraditórios de sentido inverso, mostrando a verdadeira face em regabofes gastronómicos, viagens de luxo e outros forrobódós tais.
E não vale a pena escamotear a questão apontando o dedo a este partido ou aquele, pois a bicharada que hoje em dia pulula na política nacional é toda do mesmo calibre, salvo honrosas excepções, que me parecem não pertencer aos meandros do poder actual e estarem moralmente muito longe deste tipo de fantochadas.
Por isso meus amigos, nas próximas eleições recuperemos uma velhinha citação e «anulemos o voto com uma frase revolucionária!».
A minha será esta: «A MELHOR FORMA DE VOTAR É ARRANCAR AS PEDRAS DAS CALÇADAS E ATIRÁ-LAS ÀS CABEÇAS DOS POLÍTICOS!».