segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A ECONOMIA E AS PESSOAS


A propósito do muito que apareceu escrito acerca do falecimento do economista António Borges, julgo oportuno recordar o que a economista Maria da Conceição Tavares disse no vídeo publicado em

Recado a jovens economistas e a governantes

Hoje há a tendência de os economistas enfatizarem a intelectualidade da ciência da economia matemática centrada nos números e esquecendo as pessoas.

Imagem do Google

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Vamos Lá Puxar Pela Memória

Agora que se fala tanto da relação, digamos, heterodoxa, que o novo ministro dos Negócios Estrangeiros manteve com a Sociedade Lusa de Negócios, proprietária do BPN, talvez seja o momento indicado para puxar pela memória – não é preciso fazer um grande esforço – e recordar outra grande figura que também manteve uma relação, digamos, pouco católica, com o banco liderado por Oliveira e Costa.

Os mais distraídos certamente não se lembram mas a verdade é que não foi apenas Rui Machete a adquirir acções da SLN a um preço pornograficamente baixo. Cavaco Silva também o fez. O amigo Oliveira e Costa, que ele levara para o seu Governo, vendeu-lhe – a ele e à sua filha Patrícia – um lote de 250 mil acções a metade do preço a que estavam a ser vendidas ao comum investidor. Entre a data da aquisição e a da venda as acções valorizaram 140%. Espectacular. Leiam com a reportagem que a Sábado publicou sobre o tema – um trabalho mais vasto, da autoria de António José Vilela, que fala de um crédito concedido pelo BPN ao genro de … Cavaco Silva – e digam lá que não queriam amigos destes.


[Transcrição do post com o mesmo título publicado pelo jornalista Fernando Esteves no seu blog]

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Este e outros artigos também nos blogs do autor (1 e 2).

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Bufo Destruidor e o Presidente Patriota

O Bufo Coveiro



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O Presidente Patriota

Leia este resumo (é um resumo) até ao fim porque – segundo a sua idade – vai gostar de recordar ou de aprender. No fim compare este homem com as corjas de canalhas e ladrões, traidores e destruidores nacionais e actue em consequência sem se esquecer qual é a pena aplicável em todo o mundo a esta ignóbil gentalha.

Marechal Francisco Craveiro Lopes


Esta fotografia é propriedade do Museu da Presidência da República

Insigne militar e político descendente duma família de várias gerações de notáveis generais que ocuparam os mais distintos cargos do país, com renome de rectidão, honestidade, lealdade e patriotismo.
Filho do General João Carlos Craveiro Lopes.
Neto do General Francisco Higino Craveiro Lopes.
Bisneto do General de Brigada Francisco Xavier Craveiro Lopes.
Trineto do Major Higino Xavier Lopes.
Outros Generais na família próxima.

Em 1916 combateu as tropas alemãs no norte de Moçambique. Por estes feitos em 1917, aos 23 anos, recebeu a Cruz de Guerra e foi feito Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

A sua vida decorreu em feitos semelhantes, de valor e de alto nível.

Em 1941 foi Comandante-geral da Aeronáutica e negociou as condições de utilização da Base Aérea dos Açores pelos Estados Unidos. Em seguida comandou a Base Aérea dos Açores. De 1944 a 1950 foi comandante-geral da Legião Portuguesa.

Foi desempenhando diversos altos cargos até que em 1951, já general, foi indigitado pela União Nacional como candidato às eleições presidenciais, sendo eleito a a 21 de Julho de 1951. Embora tenha sido indigitado por o partido confiar nele, bem depressa as suas relações com Salazar arrefeceram e as suas simpatias pela oposição se concretizaram. Pelo que o partido não o propôs para um segundo mandato presidencial.

Acção pós-presidencial
Após a presidência retirou-se da vida activa política e foi nomeado Marechal da Força Aérea. Manteve sempre estreita relação com a oposição, destacando-se os Generais Humberto Delgado e Beleza Ferraz e o Capitão Henrique Galvão, entre muitos outros. Esteve associado à tentativa de golpe de estado do General Botelho Moniz, a Abrilada de 1961. Humberto Delgado afirma que não concorreria à presidência se o presidente o fizesse. Teve ligado à frustrada revolta da Sé, em Março de 1959, chefiada pelo Capitão Almeida Santos, militares seus próximos e amigos dos seu filho, Major João Craveiro Lopes. A intenção dos conjurados era de recolocá-lo na presidência e Marcelo Caetano a chefiar o governo. Porém Caetano acobarda-se, não comparecendo às reuniões, enquanto o Marechal se expõe abertamente, usando mesmo o seu uniforme solene em 13 de Abril na Cova da Moura. Sabe-se como terminou pela antecipação de Salazar, que por essa altura já os demitira.

Foi ele quem pôs em movimento o impulso que viria a derrubar o regime na Abrilada de 1974. Faleceu aos 70 anos, em 1964, «em situação pouco clara (enfarte do miocárdio?)». Um herói hoje praticamente esquecido pelos bastardos, vigaristas e rascas que se serviram das suas ideias. Acobardaram-se com eles os medrosos chefes militares e desistiram sem responder à incitação de coragem do Marechal, quando se tinham todas as condições para avançar e triunfar, incluindo o apoio dos EUA. Sendo o Marechal dificilmente atingível, a vingança caiu sobre o seu filho e ajudante de campo, João Carlos, «deportado» numa comissão para zona de guerra ao norte de Angola. Os restantes conjurados foram punidos ou desterrados para a guerra colonial.

Com os conjurados desmembrados a penar ou desterrados para a guerra, Craveiro Lopes, único marechal e prestigiado ex-presidente, passou a ser considerado o inimigo público número um do regime. O prefácio que escreveu no livro de Manuel José Homem de Melo, «Portugal, o Ultramar e o Futuro», uma aberta crítica à ditadura que discordava da política ultramarina e defendia a sua discussão aberta, livre e sem censura, que todas as opiniões deviam ser escutadas, era incendiário. o livro foi apreendido e o seu autor interrogado pela PIDE.

Após uma viagem a Moçambique, em 1961 e outra a Angola, no ano seguinte, critica a política ultramarina por carecer de mudança de rumo. Numa entrevista ao Diário de Lisboa, em 1963, desalinha-se positivamente da ditadura e tyam uma repercussão decisiva nas embaixadas e nos governos internacionais, assim como na imprensa

Como era um personagem demasiado importante para ser atacado abertamente, continuou na perseguição do regime salazarista. Diante da dificuldade de o abater, O regime fê-lo alvo do ataque mesquinho, da chantagem, da baixeza. da pressão e do incómodo contínuos. Enfraquecido, acaba por sucumbir a um ataque cardíaco.

Perdida a oportunidade do golpe falhado que ficou conhecido pela Abrilada de 1961, em que o Soares e outros estafermos e parasitas tinham sido postos de parte, perderam-se 13 anos em guerra colonial, à espera que os capitães substituíssem os generais, donde a rasquice que surgiu por fora do tempo, os oportunistas, a ladroagem imediata, o empobrecimento, a falsa ilusão de enriquecimento com os fundos de coesão europeus desbaratados e roubados, um povo convertido em rebanho de carneiros, como Marcelo Caetano previra, mas que não soube evitar por cobardia. Políticos de meia-tigela que chegam a presidentes com sorrisos cínicos. Um povo perfeitamente estupidificado, chupado e explorado que acredita piamente que esta estrumeira se assemelha a uma democracia. Acreditam, morrem contentes.
[Baseado num texto de Nuno Craveiro Lopes]


Integridade moral [Início de transcrição]
Sobre o seu carácter recto e integridade moral, é conhecido que todas as ofertas de estado e presentes pessoais que lhe ofereceram, foram doados a instituições e obras de caridade. Apenas guardou para si algumas das medalhas e ofertas de menor valor.

Conta-se que seu filho, Nuno Craveiro Lopes com sua mulher, então grávida, se encontravam entre os passageiros do comboio da linha do Estoril que descarrilou devido à derrocada da barreira junto ao farol de Caxias, em 1952. Embora não tenham ficado feridos, no meio da confusão entre mortos e feridos a esposa ter-se-á sentido mal. Não sendo possível arranjar transporte no local, o filho telefonou ao Presidente, no sentido de lhe enviar um carro da Presidência para os levar a casa. Francisco Higino, depois de se certificar de que se encontravam bem, retorquiu que não podia dar ordem para enviarem o carro pois estes eram exclusivamente para serviço oficial; que procurassem um taxi para o efeito. E seu filho assim fez: foram andando a pé em direcção a Lisboa e um pouco adiante conseguiram apanhar um taxi.

Como norma, nas viagens e visitas, não eram oferecidos objetos de valor, conforme o desejo do Presidente que era transmitido préviamente às entidades pelos elementos do protocolo. Apenas aceitava flores, medalhas comemorativas e diplomas honoríficos. Livros, só oferecidos pelos autores. Isto devia-se ao facto de que durante a inauguração das Feiras do Livro, era usual nos governos anteriores enviar uma camioneta que os livreiros faziam carregar com livros, facto que o Presidente achava despropositado. Do mesmo modo, nas visitas ao Ultramar, fez saber que não aceitava diamantes, metais de valor, peles, marfim, e coisas semelhantes. Até um boi que lhe foi oferecido pelo Rei do Congo, que não podia recusar por motivos de protocolo, foi abatido e comido pelo seu povo, com grande satisfação.

O Generalíssimo Franco ofereceu em Maio de 1953, quando este visitou oficialmente a Espanha, um automóvel Pegaso, na altura, um topo de gama desportivo, orgulho da indústria automóvel espanhola. Porque o General Craveiro Lopes, homem de grande honestidade e escrúpulo, não desejava conservar presentes recebidos durante o seu mandato de imediato o registou, em 5 de Abril de 1954, em nome do Estado Português, Presidência da República. Foi poucas vezes utilizado pelo General Craveiro Lopes mas o seu filho, Capitão Aviador João Carlos Craveiro Lopes, rodou alguns milhares de quilómetros até que em 1958, quando o Almirante Américo Tomás foi eleito Presidente da República, o Pegaso ficou imobilizado no Palácio de Belém. Mais tarde foi transferido para um armazém do Ministério das Finanças, em Xabregas, onde veio a sofrer graves danos com as inundações que assolaram Lisboa, em Novembro de 1967. Acabou por ser recuperado nas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico de Alverca, obtendo-se um perfeito restauro na forma original. Encontra-se actualmente exposto no Museu do Automóvel do Caramulo em Portugal.

No fim do mandato de Presidente da República, o Governo de Salazar tentou "amenizar" a desfaçatez de não ter proposto o General Craveiro Lopes a um novo mandato com a sua promoção a Marechal, incluindo também a atribuição de uma casa para sua residência, e um automóvel do Estado, para seu uso pessoal. O ainda Presidente Craveiro Lopes, fez constar que não aceitaria qualquer benefício ou privilégio de parte do Governo, que não estivesse do antecedente, já publicado em lei. No respeitante a uma eventual promoção a Marechal, só a aceitaria se ela fosse da iniciativa das Forças Armadas e não do Governo. Entretanto, o General Botelho Moniz, indigitado novo Ministro de Defesa incitou o Presidente a aceitar a promoção nas condições que pretendia, pois assim não passaria à situação de reforma, continuando no activo, o que designou como "reserva de Nação". E foi assim que num dia do mês de Fevereiro de 1959, uma representação de Oficiais Generais foi recebida, pelo então ex-presidente, na casa alugada para sí por seus filhos, sita na Rua Sinel de Cordes (hoje Rua Alves Redol1 ), num 1º andar em Lisboa, onde o foram cumprimentar e transmitir a sua promoção a Marechal. Do mesmo modo a viatura que passou a dirigir, um modesto Ford Perfect, foi-lhe também oferecido por seus filhos.

O bastão e estrelas de Marechal da Força Aérea, para vergonha do governo de Salazar, foi-lhe oferecido em 1958, por subscrição pública da população de Moçambique que nutria por si um carinho e admiração especial, principalmente pelas posições que defendia, contrárias às políticas coloniais de Salazar. A iniciativa foi do Diário de Notícias de Lourenço Marques e foi um êxito, tendo-se recolhido uma pequena fortuna. Por seu desejo expresso, após a sua morte, foram oferecidos à população de Moçambique, ficando depositado no Museu Militar da Fortaleza de Lourenço Marques. [Fim de transcrição — Fonte: Wikipédia]

Referências:
Museu da Presidência da República
Liga dos Amigos do Colégio Militar
Wukipedia



Felizmente, o Marechal Craveiro Lopes não foi o único português nem o único presidente honesto. Outros, tais como o primeiro presidente da república, poderão ser admirados por motivos idênticos. A nossa história tem um grande número de gente honesta e de esforçados militares, alguns bem jovens, como D. Nuno Álvares Pereira, cuja sua maior façanha a cumpriu no seu 25° aniversário, tendo D. João I 28 anos de idade. O próprio Almirante Américo Tomás, conhecido pelo «corta-fitas», deposto e expulso do país e da marinha pela Abrilada, jamais abusou do poder. Não vivia em Belém, nem lá fazia festanças à conta do povo como os miseráveis chupistas de hoje e o labrego de Boliqueime, que roubam o estado; só o usava como escritório ou para cerimónias ou actos oficiais. Que comparação entre estes homens e os filhos da puta e traidores que nos roubam há décadas? Merecem a sorte de outros traidores: passados a fio de espada, enforcados ou fuzilados. Fizeram dos portugueses um povo menor, incongruente, sem consistência, sem persistência, volúvel, fútil, incapaz de comparações ou de projectos frutuosas, inepto à reflexão, ao ponto de ser considerado pelos outros europeus como de atrasados mentais. País que tem gente incapaz e é da pior camada que saem os governantes.

O mais inspirador de tristeza e profundamente aflitivo e constringente é reconhecer que o mal que estes heróis combateram com convicção é menor do que aquele em que vivemos na actualidade devido aos traidores e bandoleiros que nos governam com o nosso próprio consentimento. Se a Abrilada de 1964 nos poderia ter trazido liberdade numa conjuntura favorável, a de 1974 trouxe os maléficos tubarões das oligarquias mafiosas com as suas escolas de crime,vigarice e ladroagem (Jotas) que substituíram um sistema – ainda assim – melhor, tal é a desgraça nacional em que nos afundámos e que nos vai levar a uma segura bancarrota.


Como se estas desgraças não bastassem, temos ainda todas as características dum sistema pior que muitas ditaduras. Sim, temos a prova, que a ditadura que precedeu a Abrilada 74 só era funesta para políticos e jornalistas do contra e protegia o povo deles. Agora é o contrário: protege as bandas de malfeitores e ladrões do povo e saca ao povo para lhes dar. A constituição menciona a igualdade, mas tira ao povo as armas para a defender, afasta-o completamente do poder e deixa-o à mercê dos vampiros, únicos que conquistaram liberdade à custa da nossa e sem uma possibilidade de os controlar como numa verdadeira democracia. Para nos enganarem instigaram-nos a gastar acima das nossas possibilidades, causando a miséria actual em que nos fazem pagar os seus crimes e impõem-nos a sua imunidade escandalosa e injuriosamente.

Oligarquias e privilégios depravados de todos os tipos, tamanhos e importâncias, tais como partidos, magistrados, juízes, jotas, fundações, PPPs, observatórios. Às centenas, com benefícios à custa dos contribuintes pagadores, do leite dos bebés, da falta de médicos substituídos por outros proibidos de exercer em qualquer país medianamente avançado, da falta de tratamento, das casas perdidas, da espoliação e da miséria geral dos que não estiverem incluídos nessas oligarquias. Por gerações, a guardar na memória.

Nos outros países atingidos pela crise, governantes e políticos cortaram voluntariamente os seus ganhos totais entre 20% (Irlanda) e 30% (Espanha e Grécia). Em Portugal anunciaram falsamente que cortavam 5%, mas só o fizeram aos funcionários. Contas feitas, ainda ganharam um acréscimo em média de €80/cabeça e mudaram os nomes aos subsídios (como publicam no DR) para continuarem a recebê-los. Giro, os traidores fartaram-se de grunhir que os sacrifícios eram iguais para todos e que não havia direitos adquiridos, mas guardam os deles aos quais, aliás, nunca teriam direito numa verdadeira democracia.

  • São nojentos antidemocratas.
  • Os privilégios que se arrogam são um escarro no povo.
  • São traidores dos Portugueses.



Para recordar:
14 de Agosto e 1º de Dezembro são os dia nacionais tradicionais de limpeza de traidores.
Imagem da Wikipédia
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