segunda-feira, 30 de junho de 2008

O ENDIVIDAMENTO COMPULSIVO DO PORTUGA


A poucos dias de uma nova subida das taxas de juro, os dados relativos à situação de endividamento de uma grande quantidade de famílias portuguesas é, no mínimo grave e preocupante.
Os portugueses ocupam os primeiros lugares do top europeu, atingindo o endividamento particular 90% (!!!) do PIB, agravado pela incapacidade de cumprimento das dívidas, que disparou 60% (!) no mês de Abril.

Habituados a um nível de vida surreal, conseguido à custa de empréstimos sobre empréstimos, os portugueses, bombardeados diariamente por apelativos incentivos ao consumo desmedido, afundam-se cada vez mais num mar de dívidas na ânsia neurótica de atingir a materialista felicidade suprema. Massacrados por bancos e instituições especializadas em crédito pessoal, não conseguem resistir à tentação de se tornarem em maus ilusionistas que manobram as contas mensais em seu desfavor, gastando mais do que recebem.

Tecnicamente falando, uma enorme fatia da população está falida, ou para lá caminha, mas continua a não enjeitar o "luxo" de poder ostentar um crocodilo na camisete, três faixas diagonais nos ténis, um télélé 3G de última geração, lunetas de sol de centenas de euros e, claro, o imprescindível pópó, o ex-líbris máximo da ostentação, nem que seja para fazer inveja ao vizinho mais comedido. Quanto ao jantar, logo se vê, afinal sempre há o McDonalds que é barato, é "in", agora até parece que é saudável e sempre dá uns brindes para os putos.

Para tudo o português recorre ao crédito. Desde os calcantes da Charles ao plasma de grandes dimensões (sim, porque não pode de maneira alguma ser mais pequeno que o do vizinho, nem pensar!), passando até, pasme-se, pela compra de uma animal de estimação e finalizando na viagem de férias à meca do jet-set, tudo é bom motivo para endividamento.

Afinal, o que parece contar, ditar as regras e estabelecer a escala de valor e consideração pelo próximo nos dias de hoje, é a ostentação, a imagem, os sinais exteriores de riqueza e não a virtude, os valores, as ideias e as capacidades de cada um. É o pseudo novo-riquismo instituído na sua pior vertente de camuflante da pobreza escondida, promovido por um conceito erróneo de sucesso e felicidade e sustentado por uma miríade de sanguessugas que se deleita com os fabulosos lucros anuais arrecadados à custa da desgraça alheia.

Este país não precisa apenas de uma revolução política e económica mas, também e fundamentalmente, de uma revolução de ideias e mentalidades. Não podemos continuar a viver num país de faz-de-conta, onde a população ensaboada pelo marketing político e lavagens cerebrais parece viver eternamente iludida.

Este presente não é, nem pode ser o futuro.

Desertificação do interior - 3

Transcreve-se o texto publicado no jornal gratuito «Global Notícias» e, no fim juntam-se alguns links de posts já publicados neste espaço, sobre este tema.

Aqui o vazio - Desertificação
Global Notícias, 080630

Ricardo J. Rodrigues

Na aldeia de Cubas vivem apenas dois casais, mas estão zangados um com o outro. Em Sanguinhedo já não vive ninguém. O despovoamento do interior atinge níveis alarmantes.

População: quatro, dois contra dois. Há dez anos que os vizinhos de Cubas, concelho de Vila Pouca de Aguiar, andam desavindos. Na aldeia vivem apenas dois casais, estão azedos um com o outro por causa da limpeza de uns terrenos. Francisco Costa, 67 anos, e Maria da Liberação Alves, 59, acabam de amanhar um nabal às portas da aldeia. Agora, é preciso juntar os pés em molhos, atá-los bem e levá-los para qualquer lugar seco. O homem ocupa-se de agrupar a alfaia, a mulher de carregá-la para o celeiro. No caminho da horta para a povoação, é inevitável que cruzem a casa de José Diegas, 71, e Nazaré Costa, 76.São os dois outros habitantes de uma aldeia cheia de casas vazias e terra que nada produz. José decide vir à rua, Liberação passa-lhe ao largo sem o cumprimentar. "Um homem não se põe debaixo dos pés de ninguém", explicam os dois chefes de família mais tarde, coincidindo no argumento para a zanga. Nesta povoação desolada, o silêncio é ensurdecedor…

População: sete, mais um a caminho. Samaria está grávida. Ela e Carlos Diegues instalaram-se há um ano em Cerdedo, concelho de Vinhais. Ele tem 31 anos, viveu 18 em Espanha.
Ela é de Salamanca, tem 24. Ambos apresentam o corpo coberto de tatuagens e piercings, Carlos também tem quatro rastas a enfeitar-lhe o cabelo curto, mas prometeu cortá-las no dia do nascimento do filho. A sua chegada teria provocado uma enorme estranheza entre os quatro moradores da povoação, não fosse o facto do jovem casal ter trazido consigo Lúcia, a filha de três anos. É a única criança que a aldeia vê crescer em décadas. Daqui a sete meses, a família poderá orgulhar-se de ter duplicado a população da aldeia. Cerdedo está a lutar contra o desaparecimento.

População: zero. A aldeia de Sanguinhedo morreu. Ou antes, foi morrendo. Há seis anos, os dois últimos residentes decidiram mudar-se para Braga, depois de os restantes terem morrido ou emigrado. Hoje, não é mais do que um povoado deserto no concelho de Montalegre, no lado transmontano do Gerês. Está tão visivelmente abandonado, que o chão da única rua que o atravessa está coberto de musgo. Ao longo do caminho, uma vintena de casas de granito, algumas com portas e vidraças cerradas, outras arruinadas. O mato tomou conta de uma – rachou-lhe paredes, rompeu-lhe soalhos, encheu-lhe a sala de giestas e urze. De resto, e um pouco por todo o lado, não se vê outra coisa que não sejam despojos: caixas de correio danificadas, uma arca vazia e podre, panos de loiça pendurados num prego, um arado ferrugento. É como se aldeia tivesse sido dizimada pela peste e todos os seus habitantes
fugido à pressa. Na verdade, o primeiro facto assinalável que se observa quando se chega
a Sanguinhedo, é que alguém se esqueceu de fechar a torneira da fonte.

Metade do país está em processo de desertificação humana e, nas serranias transmontanas, o fenómeno é particularmente visível. Enquanto no Sul a população está mais dispersa, aqui ela sempre esteve concentrada em aldeias. Isso significa que não faltam povoações inteiras mortas ou moribundas – em nenhum outro lugar a ferida do despovoamento ficou tão exposta. "O pior é que é cada vez mais difícil atrair população", diz Lívia Madureira, economista e directora do Centro de EstudosTransdisciplinares para o Desenvolvimento, da Universidade deTrás os Montes e Alto Douro. "Os serviços vão sendo afastados das pessoas, a oferta de emprego está mais dependente do sector público, a iniciativa agrícola não é incentivada. Queremos que os jovens se fixem no interior, mas onde é que eles vão pôr os filhos a estudar? Onde é que vão ao médico? De que se vão ocupar? Como é que lhes dizemos que a região
deles tem potencialidade?"

Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) são esclarecedores. Dos 236 400 habitantes que moravam no Alto Trás os Montes em 1991, sobravam 221 mil em 2001.Calcula-se que hoje não haja mais de 212 mil moradores na região (só o censo de 2011 poderá fornecer dados exactos). No Alto Douro, o número desceu de 239 700 para cerca de 210 mil. O Vale do Tâmega também está a perder gente e apresenta índices inquietantes de envelhecimento da população – 181 idosos por cada 100 jovens. No que toca ao emprego, a mesma cantiga." Em 2001, mais de um quinto dos jovens economicamente activos
residentes nesta comunidade estavam desempregados. O mesmo acontecia com 16% das mulheres", lê-se num estudo do INE sobre a área da fronteira Norte de Portugal. Um relatório de 2007 da mesma instituição alerta para o facto de o poder de compra per capita ser, em municípios como Vinhais, Montalegre ou Vila Pouca de Aguiar, inferior a 50% da média nacional.

Amélia Cavaca Augusta tem uma teoria para explicar o que se passa hoje em Trás os Montes, mas também na Cova da Beira, no Alentejo Interior ou no Norte Algarvio. "Os problemas do interior não são diferentes dos do país, simplesmente têm uma expressão muito mais acentuada ao longo de toda a zona raiana", defende a socióloga, especialista em Mudanças e Transformações Sociais. Saúde, educação, emprego, competitividade económica – a manta destapou aqui. Este é um Portugal extremado ao mínimo, cada vez mais magro e curvado à idade. Os que ficam fazem-no por opção ou falta de oportunidades. Só podem ser chamados
de resistentes.

Os efeitos do despovoamento humano são, em primeiro lugar, económicos. Sem pessoas não se gere o território, não se produz riqueza, não há desenvolvimento sustentado. Mas são as feridas ambientais que estão cada vez mais à vista. Como os matos deixam de ser limpos, o risco de incêndios aumenta. O fim da agricultura e da pecuária tornam os solos áridos e ameaçam a biodiversidade. Já em 2005, Vítor Louro, coordenador do Programa de Acção Nacional para o Combate à Desertificação, alertava no Diário de Notícias que o abandono das terras está a acelerar o processo de desertificação dos solos. “Neste momento, o fenómeno atinge 36% do Continente. No espaço de duas décadas, se continuarmos
a este ritmo, o valor subirá para 66%.”

Paulo Alexandre Neto é investigador na Universidade de Évora, especialista em Desenvolvimento Regional e Planeamento Estratégico. Segundo ele, a desertificação do
interior decorre de um processo histórico. “Portugal sempre viu a sua fronteira atlântica como factor de orgulho nacional. Nunca se preocupou muito com a sua identidade europeia, ou seja, com a fronteira espanhola. O país era um império colonial e, devido à sua reduzida dimensão populacional, os recursos foram sendo canalizados para o Brasil ou África.”Aponta depois o caso espanhol para estabelecer as diferenças. “Nos anos 40, durante o regime de Franco,
foram criados planos de ordenamento do território de modo a que toda a superfície do país tivesse ocupação humana. A verdade é que hoje eles têm cidades de 400 mil habitantes
por toda a parte, que conseguem estancar a sangria do interior. Em vez de fugirem para a capital ou para o estrangeiro, as pessoas mudam-se para essas urbes, o que lhes permite voltar facilmente às suas aldeias. Aqui, nunca se pensou no que se queria fazer com cada parte do país.” Até hoje.

Sanguinhedo sucumbiu, Cubas definha, Cerdedo luta desesperadamente contra a fatalidade.
Juntas, não escrevem mais do que a crónica de uma morte anunciada. Ninguém pode negar que, hoje, metade do país agoniza, sem soluções à vista. Os resistentes são como um exército decadente, onde há mais dissidentes que soldados e a que ninguém distribui armas. A incompetência no ordenamento do território criou uma nação caricata. O centro das grandes cidades está vazio, os subúrbios cada vez mais sobrelotados e o interior sangra, despovoado.

O centro das cidades está a ficar vazio, os subúrbios ficam sobrelotados e o
Interior do país despovoa-se. Hoje, metade do país agoniza, sem soluções à vista. Em Espanha, há grandes cidades por toda a parte, que estancaram a sangria. Em vez de irem para Madrid, as pessoas fixam-se nessas cidades e voltam facilmente às aldeias de origem.

Links de posts anteriores:

Desertificação do interior - 2
Desertificação do interior - 1
Lição da China contra a desertificação
O Interior abandonado pelo Governo
Maus governantes ao sabor de manifestações
O interior português está ostracizado
Ministro da Saúde avança e recua

domingo, 29 de junho de 2008

Nunca 30 000 foram tão poucos

Marcha da Indignação, 8/Março

Quem tivesse estado na manifestação dos professores, na Marcha da Indignação, começa a duvidar que lá tivessem estado 100 000. É que aqueles 100 000 ao pé dos 200 000 que no outro dia disseram que havia na manif da CGTP, passam a ser 300 000 ou coisa que o valha. Como não há-de haver quem facilite a vida aos miúdos na matemática para que se habituem a estas contagens sem as estranharem? Na manif de hoje, quem lá esteve diz que aquilo não eram mais do que 5 000, mas os números oficiais, os dos media que as pessoas ouvem, as que ouvem, voltaram a dizer que lá estavam 30 000!
Por que será que os media têm agora esta necessidade de fazer passar a mensagem que os trabalhadores estão na rua a manifestar-se em grande número pela CGTP? Este alinhamento, este sindicalismo instituído que cumpre agendas e calendários, e que só se agita quando ultrapassado pela massa, estrebucha de mansinho no seu canto de cisne. As forças por detrás dos media, congratulam-se com o facto e publicitam-no. A história da CGTP lhes agradecerá por terem registado que o movimento sindical não morreu sem luta e com o povo ainda a gritar na rua.
Conheço bem o programa de festas: contar as bandeiras, colocar em formatura, colocar um megafone na boca das Marias e vai disto avenida abaixo até ao discurso. Discurso. Palminhas acabou e alguém nos enganou. Hino, punhos no ar (cada vez menos), local para apanhar a camioneta de regresso a casa. Viagem de regresso já sem qualquer pressão na panela. Só cansaço. Pelo menos comeu-se qualquer coisa de borla com as senhas do sindicato. Esta gente há-de se cansar. Qualquer dia já ninguém mais virá.
Lembro-me dos tempos em que a Inter-sindical ia aos locais de trabalho organizar comités e convocava uma greve geral de trabalhadores se fosse preciso. Depois disso são inumeráveis as perdas dos direitos sofridas, as humilhações, o roubo escandaloso que fazem da força de trabalho, desvalorizando-a e exigindo que renda ainda mais, que os trabalhadores trabalhem mais horas, que produzam mais. Nenhuma greve geral. Para onde foi a ideia da greve geral? A UGT sempre pronta a negociar, não quer nada com greves, é um sindicalismo amarelo criado de propósito para tudo aceitar. A última unidade sindical de que há memória, foi a Plataforma Sindical dos Professores para forjar o acordo firmado pelo Memorando do Entendimento. Uma unidade sindical para tramar a classe levando-a apenas a adiar por uns meses o cumprimento das agendas e das directivas europeias convertidas nas políticas educativas do governo Sócrates, mais engenharias do que educativas, cosmética que, caso venha a ser implementada irá comprometer o futuro da escola pública portuguesa e falsear completamente os dados do estado do Ensino.
Mas os sindicatos não são o que os dirigentes querem que eles sejam. Têm lá dentro pessoas, trabalhadores, gente que sofre na pele as consequências dessas políticas. Até quando vão aguentar tamanha afronta? Como vão entender que tanta força que tiveram nas ruas seja assim desperdiçada e que acabem sempre perdendo alguma coisa em cada vitória anunciada? Que força é essa que constantemente perde direitos?

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mas eles não ouvem?

Para bem da nossa fragilizada democracia ainda há figuras públicas que se dispõem a remar contra a maré, como é o caso do Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro. Conforme referimos nesta notícia, publicada no nosso Contracorrente, retirada do jornal Publico.pt, Pinto Monteiro defendeu ontem "um controlo" dos poderes do secretário-geral de segurança interna, sob pena de estes "se sobreporem às competências do Ministério Público". Segundo este alto responsável, a nova lei estabelece uma "amplitude imensa de poder" ao titular deste novo cargo, que irá funcionar na dependência directa do primeiro-ministro, sublinhando que algumas "podem colidir com as do Ministério Público".

Estas declarações foram feitas ontem perante a Comissão Parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias, onde está a ser discutida na especialidade a nova lei de segurança interna, ou seja, no lugar institucionalmente dedicado a garantir os direitos dos cidadãos. No entanto, estou em crer que a maioria absoluta PS deixará intocado este novo articulado da lei, esquecendo-se, porventura, que a Sócrates outros primeiros-ministros se seguirão, assim espero... Pergunto-me, então, mas eles não ouvem?

POR UM MUNDO MELHOR


Declaração final do Fórum das ONG's do sul e as ruínas da globalização

Declaração Final

Nós delegados de organizações não governamentais, movimentos sociais, organizações populares e de instituições acadêmicas dos países do chamado Sul, reunidos na cidade de Havana, a partir de 1 a 3 de Março de 2000, como parte do processo conducente à Cimeira Sul, nós avaliamos os problemas relacionados com o fenómeno da globalização, as suas principais tendências e impacto sobre as economias nacionais dos nossos países, e estamos a discutir a possibilidade de influenciar, de gestão e de acção por parte da sociedade civil e as ONG dos nossos povos na internacionais actuais condições. Estamos de acordo em que um processo de globalização que tem unido o ser humano como centro de desenvolvimento podem oferecer oportunidades para avanços tecnológicos contribuem para promover o progresso eo bem-estar social.

No entanto, para passar sob o domínio do neoliberalismo que impõe excessiva vontade cega à desregulamentação e ao processo crescente e indiscriminada de privatização de recursos e bens que pertencem ao nosso povo em última instância, esta brutal causando fragmentação ea desintegração desenvolvimento económico e social dos nossos países, com consequências dramáticas para a sobrevivência dos mais vulneráveis e marginalizados.

Denunciamos a política neoliberal patrocinado pelo capital transnacional e agências internacionais como o Fundo Monetário Internacional eo Banco Mundial tem ajudado a concentrar a riqueza social e reafirmar polarização evidente no crescimento da pobreza que afeta tão criticado hoje mais de um milhar de milhões de pessoas em todo o mundo, que não têm qualquer possibilidade de acesso aos alimentos essenciais para a sobrevivência, serviços básicos de saúde e de educação e protecção social. Enfatizamos com igual vigor, que esses mesmos políticos tentativa para limpar nossas culturas e identidades, impondo mudar a assimilação cultural ea criação de paradigmas que legitimam o seu modelo: individualista, antisolidario e de exclusão.

Registamos com profunda preocupação a continuação da deterioração ecológica do nosso planeta e as barreiras para alcançar o desenvolvimento sustentável, nomeadamente a falta de vontade política para estabelecer uma rigorosa proteção ambiental, em comparação com a ação predatória e irracional das políticas económicas padrões insustentáveis de consumo.

Com base nestas considerações, identificamos os enormes obstáculos que a actual ordem económica internacional, nas suas diversas formas: Financeiro, comercial e tecnológica, se opõe ao direito ao desenvolvimento e as aspirações dos nossos povos justiça. Por conseguinte, exortamos os Chefes de Estado e de Governo do Grupo dos 77 que se reunirá em Havana próximo de abril, como parte da Cúpula Sul, para reclamar. --

Está a dívida externa, o que impede atingir o desenvolvimento económico e social nas regiões Sul e que é uma expressão da injusta ordem econômica internacional ea política de globalização neoliberal, é agora mais do que nunca unpayable, incobráveis e deve ser anulada. -- Está a crescente fosso tecnológico entre os países industrializados e os países do Sul, que, entre outras causas é o resultado da aplicação estrita dos direitos de propriedade intelectual que exclui os nossos países de conhecimentos e tecnologias que só trazem benefícios para uma minoria e o desemprego em massa, a marginalização ea pobreza maiorias desterritorializadas, é um grave obstáculo para o desenvolvimento de nossos povos. --

Libertadora tendências do comércio mundial promovida pela Organização Mundial do Comércio são concebidos para incentivar as exportações dos países industrializados e causar a crescente deterioração da indústria e da agricultura nos países do Terceiro Mundo, embora acentuando as desigualdades históricas em termos de trocas comerciais entre o Norte eo Sul. -- Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) continua a diminuir e os 90 passagem de 0,35% para 0,22% do PNB dos países desenvolvidos, muito distante valor de 0,7% cometidos e indispensável no desenvolvimento da nossa estratégia nações empobrecidas. --

Que a política de cooperação, de financiamento e de crédito do Norte não têm em conta as necessidades económicas do Sul, nem o seu histórico e sócio-cultural, mas analisando as realidades dos nossos países a partir de uma perspectiva de subordinação e de marginalização recolonization Impor condições inaceitáveis. -- O aumento das especulações, volatilidade dos mercados financeiros e de desregulamentação dos movimentos de capitais comprometer seriamente a estabilidade económica e política dos nossos países. --

Está a aplicação unilateral e extraterritorial de leis nacionais ou medidas que violam o direito internacional ou de violar a soberania de outros Estados mina os princípios que regem a convivência entre as nações, minar a lágrima multilateralismo e dar-se a cooperação Sul povos necessitam para o seu desenvolvimento.

Pela nossa parte, os delegados a este Fórum, consciente da adversas circunstâncias em que a luta dos nossos povos para as suas mais sentidas reivindicações, e convicto da necessidade urgente de uma participação mais activa e efectiva de todos os setores da sociedade Conjugal trabalhadores e seus sindicatos, mulheres, jovens, crianças, idosos, deficientes, trabalhadores rurais, os povos indígenas, pesquisadores e de muitas outras instituições sociais e organizações que representem as pessoas, processos e discussão a tomada de decisões a nível nacional e internacional. -- Convite à apresentação de uma maior participação e demanda um maior grau de transparência dos governos e instituições internacionais no processo de tomada de decisões sobre questões que afectam directamente a nós, e que muitas vezes têm efeitos devastadores em termos de aumento da desigualdade, pobreza e desemprego. --

Exigimos o aprofundamento das relações de integração económica, cultural e social entre os países do Sul a reforçar a sua capacidade de agir como uma região para enfrentar os desafios da globalização. -- Reafirmar a vontade ea capacidade das organizações não governamentais e os setores sociais mais amplos para influenciar a concepção de estratégias, na execução de acções e à gestão dos recursos em favor do desenvolvimento social de nossos países. --

Apelamos para uma cooperação mais estreita entre as nossas organizações, incluindo o reforço dos elementos que nos unem na defesa do direito ao desenvolvimento, em que concebemos como um direito humano fundamental, e exigem governos cumprirem os compromissos assumidos com as necessidades e futuro dos nossos povos. -- Afirmamos a nossa convicção de que, em comparação com o domínio avasallador atingido pelas corporações transnacionais, nas vésperas do novo milénio e para a realidade preocupante que aqueles experimentando um crescimento muito mais elevada do que a economia mundial como um todo, ameaçando a sua soberania e de poder o direito ao desenvolvimento dos países do Terceiro Mundo, a nossa resposta não pode ser diferente para aprofundar a luta, de unidade e de solidariedade, com a adesão ao respeito pela diversidade que caracteriza tanto nós e nos enriquece, construir alternativas para um mundo melhor.

A globalização da solidariedade não é uma intenção, é a única forma de enfrentar com sucesso os males de hoje e os desafios de amanhã.

(Traduzido do castelhano)

Sinais da área militar - 5

Transcreve-se texto, recebido por e-mail, focando o descontentamento de um sector nacional que, pela sensibilidade de que se reveste, merece mais atenção da parte dos responsáveis políticos.

Exército mercenário de Portugal na Miséria

Não se defende mais a Pátria, defendemos quem nos derrotou.

Militares desfilam quarta-feira, em Lisboa, em protesto contra a indefinição de carreiras, protecção social e assistência na saúde, noticia a agência Lusa.

O protesto, que se inicia às 18:30 com uma concentração no Largo de Camões e prossegue uma hora depois com um desfile até à Assembleia da República, é organizado pela Comissão de Militares, Associação Nacional de Sargentos e Associação de Praças da Armada.

Justificando a iniciativa, o presidente da Associação Nacional de Sargentos, Lima Coelho, sustentou à Agência Lusa que «há problemas que continuam a afectar a família militar, e até se agravaram», e para os quais o Governo não mostrou o «mínimo interesse» em «discutir soluções».

Atrasos nas comparticipações médicas para tratamentos crónicos e «indefinição» quanto à renegociação de protocolos com unidades de cuidados de saúde, dos «mecanismos de protecção social» e da revisão de carreiras são alguns dos «problemas» apontados.

Lima Coelho lembrou que continua por elaborar o anteprojecto de revisão de carreiras, suplementos e remunerações, não obstante um despacho de Março ter nomeado uma equipa e dado um prazo de dois meses, que terminou em Maio, para que o documento fosse feito.

«Há sargentos que estão no mesmo posto há 16 anos sem perspectivas de carreira», alegou o mesmo dirigente, indicando casos de outros militares que, pelas mesmas razões, se arriscam à «reserva compulsiva».

O presidente da Associação Nacional de Sargentos recordou ainda a «dívida do Estado à família militar», que ronda mais de mil milhões de euros do Fundo de Pensões e do Complemento de Reforma, e para a qual os sargentos das Forças Armadas sugeriram recentemente que o Governo pagasse em títulos.

SR Presidente da República
Sr Primeiro Ministro (Para conhecimento)

É com muita mágoa que me dirijo a VExas.

Sou militar na situação de REFORMA, com 75 anos, e NUNCA pensei que os militares viessem a sofrer como Vexa poderá ler no anexo, extraído de um jornal online e que me deixa triste ao pensar que os militares servirão apenas as vontades politicas. Assim foi no tempo em que Vexa fora alferes miliciano no tempo de Salazar e Caetano e assim é no tempo em que Vexa foi Primeiro Ministro e agora Presidente da República, mas agora já com outra responsabilidade, sendo Comandante Chefe das Forças Armadas portuguesas...

Sr Presidente da República, já foi dito por várias vezes que os militares são como os cães de caça na época do defeso, mas hoje li que no fim de contas são como a pastilha elástica que se mastiga e depois ...deita-se fora...

Reveja, Sr Presidente, a situação dos militares por que até neste momento existem militares no estrangeiro...em missão de paz.

Mas é vergonhoso para os militares, e para a Nação, o que se está a fazer com eles...
Chego mesmo a perguntar a VExa por que não acabar então com as Forças Armadas??? Se não há dinheiro... acabem mesmo com elas...

Para umas coisas não há dinheiro, mas existe dinheiro para aquisição de viatura pessoal ( ? ) do Ministro da Defesa Nacional, de viaturas de LUXO para a administração da CP, já para não falar no caso da SIRESP...

O sistema de saúde-hoje ADM/IASFA (leia-se Serviços Sociais das Forças Armadas, foi feito por nós e mudaram-lhe o nome sem a nossa audição, hoje a vertente social está desvirtuada do que foi destinada.

Sr Presidente da República portuguesa

Como militar reformado, não sou ouvido por ninguém. Fizeram dos meus anos de serviço como uma "passagem ", mas não pode ser assim Sr
Presidente...

Ainda temos dignidade suficiente para não voltar a ler seja o que for contra os militares e acabar mesmo com a arrogância com que se vê o MDN e o PM...

Julgo que vai sendo tempo de DECIDIR: MORRER DE PÉ!!!

Com os melhores cumprimentos
João Ernesto Fonseca dos Santos

Em tempo: Não me preocupo, jamais, com qualquer processo disciplinar

Frente Única

BUILD THE REVOLUTIONARY PARTY!

* * *

In every discussion of political topics the question arises:

Shall we succeed in creating a strong party for the moment when the crisis comes? Might not fascism anticipate us?
Isn't a fascist stage of development inevitable?

The successes of fascism easily make people lose all perspective, lead them to forget the actual conditions which made the strengthening and the victory of fascism possible. Yet a clear understanding of these conditions is of especial importance to the workers of he United States. We may set it down as a historical law: fascism was able to conquer only in those countries where the conservative labor parties prevented the proletariat from utilizing the revolutionary situation and seizing power. In Germany two revolutionary situations were involved: 1918-1919 and 1923-1924. Even in 1929, a direct struggle for power on the part of the proletariat was still possible. In all these three cases, the social democracy and the Comintern [the Stalinists] criminally and viciously disrupted the conquest of power and thereby placed society in an impasse. Only under these conditions and in this situation did the stormy rise of fascism and its gaining of power prove possible.

Leon Trotsky (Trotsky Net)

(daqui)

domingo, 22 de junho de 2008

Um primeiro-ministro incomodado

Parece-me notório que o primeiro-ministro José Sócrates tem muita dificuldade em governar em regime democrático. Já quando era ministro do Ambiente no governo de António Guterres quis impor - e conseguiu - o método da co-incineração dos resíduos tóxicos em cimenteiras localizadas no nosso território, perto de localidades ou no meio de Parques Naturais. Mas, nessa altura, não passava de um simples ministro de um governo minoritário, que se explicava e fazia alianças através do seu primeiro-ministro.

Actualmente, é ele o primeiro-ministro e estes sintomas ditatoriais agravaram-se. Tomemos este exemplo bem significativo, ao qual demos destaque no Contracorrente, nesta notícia que publicámos, retirada do jornal Publico.pt. Ontem, José Sócrates recusou-se a comentar as críticas que tinham sido feitas pela presidente do PSD. Contudo não resistiu a afirmar que nos últimos três anos, ou seja, todos os que leva de governação, só tem havido da oposição "maledicência e "nenhuma proposta". Ora, no vocabulário português, "maledicência" significa "dizer mal". Mas... É evidente, se uma oposição dissesse bem, já não era oposição, não é verdade? Por outro lado, como é que se pode fazer oposição "sem propostas"? Em suma, estamos perante o permanente incómodo de um primeiro-ministro que foi eleito através de mecanismos próprios da democracia, mas que se dá mal com a prática do regime democrático.

sábado, 21 de junho de 2008

Soares no seu melhor: Um passo na poça


«Na altura própria toda a gente deu vivas ao Tratado. Até eu próprio, não por considerar que fosse bom porque não o é. É um mau Tratado porque é confuso e complexo mas é um passo para resolver a saída da paralisação da Europa e esse passo era essencial»
Mário Soares a propósito do Tratado de Lisboa e do NÃO da Irlanda

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Crise não significa Apocalipse

As pessoas andam descoroçoadas com os efeitos da actual crise do petróleo, mas a melhor cura para o desânimo está em cada um, principalmente, nos líderes políticos e empresariais. Uma crise, geralmente, representa o início de uma nova era de desenvolvimento em muitos aspectos. Não esqueçamos que a II Guerra Mundial, estimulou o aparecimento dos computadores, de novas formas de comunicação, de tratamento da informação e de gestão, permitindo um grande salto em frente no desenvolvimento da humanidade. E se, por outro lado, aumentou as diferenças entre os mais e os menos desenvolvidos, foi porque estes, por falta de preparação prévia, não puderam ter a iniciativa de acelerar o passo. Isto que sirva de exemplo para que cada País e cada pessoa procure entrar já na carruagem da frente.

Tenho em Do Miradouro e em Do Mirante chamado a atenção para a necessidade de se estimularem os jovens a prepararem-se para a inovação, apoiando qualquer iniciativa positiva que deles saia. Não tem sido o caminho seguido e viu-se nas condecorações do 10 de Junho que os critérios estiveram distantes de preocupações de futuro.

Porém, as pessoas mais válidas não adormecem à sombra de vãs propagandas anestesiantes e vêm claramente que o patriotismo não se resume ao apoio á selecção de futebol, antes e muito acima disso, se preocupa com os grandes problemas actuais.

Hoje, o DN traz notícias que merecem muita meditação, ou pelo menos uma leitura lenta e ponderada. No editorial refere três exemplos de inovação dados pela Carmin, pela Renova e pela SIBS:

1) No Alentejo, a Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz (Carmin) a fim de se colocar mais próxima do consumidor final, com benefício dos preços a pagar por este, decidiu adquirir uma empresa distribuidora. Já aqui tínhamos sugerido solução semelhante aos pescadores para aumento dos seus ganhos e venda mais barata aos consumidores.

2) Em Torres Novas, a Renova conseguiu reduzir o preço dos transportes, aumentando em duas toneladas (de 5,3 para 7,3) a capacidade de cada camião, com a simples solução de retirar o ar das embalagens, tornando-as menos volumosas.

3) A SIBS foi considerada pela Associação de Pagamentos do Reino Unido o melhor multibanco da Europa, conclusão tirada depois de um estudo comparativo.

Outra notícia vem de Viseu, onde o presidente da Junta de S. Salvador, Álvaro Pereira, mostrou ser pessoa consciente da importância da conservação do ambiente, pelo que pediu ao delegado de saúde que procedesse à análise das águas e lençóis freáticos existentes na zona onde tinham sido despejados resíduos electrónicos que causaram alguns danos ambientais. Na sequência da sua iniciativa, equipas da Câmara Municipal de Viseu procederam, ontem, à recolha de mais de 300 quilos de resíduos electrónicos despejados, junto a uma urbanização. O autarca teme que os solos «tenham ficado contaminados com estes resíduos que incluem cádmio, chumbo e outros poluentes. Se houver infiltração, as águas poderão ter ficado contaminadas e solicitámos análises para que se possa despistar essa eventualidade». Até lá, a junta aconselha os moradores do local, «e que disponham de captação de água própria, a não consumir a água».

Também é positivo o facto de ser tornado público que as autarquias têm sido geridas sem seriedade responsável, sem competência ao ponto de, como é referido em dois artigos que há Municípios sem dinheiro para pagar as dívidas e que o 'monstro' do défice e da corrupção mudou-se para as autarquias. Tais notícias poderão ser o início da moralização dos gestores de dinheiros públicos em respeito pelos direitos dos contribuintes seus eleitores.

De salientar também a notícia de que o fisco não anda apenas a perseguir os pequenos infractores de uns pares de euros, mas está principalmente no encalço dos potenciais lesivos de milhões. Segundo ela, equipas mistas do Ministério Público e da Administração Fiscal procederam ontem a buscas a empresas lideradas por Américo Amorim, no âmbito da 'Operação Furacão' e diz que esta operação é um processo que já contabiliza mais de 250 arguidos e que a equipa liderada pelo procurador Rosário Teixeira já efectuou buscas, nos Açores, à Fábrica de Tabacos Estrela, controlada pela Madeirense de Tabacos dos empresários Joe Berardo e Horácio Roque. Oxalá não acabe tudo por ficar arquivado, como aconteceu em «operações» anteriores muito mediatizadas mas de resultados desconhecidos.

Entretanto, surgem iniciativas para ensinar as pessoas a gerir as próprias capacidades e a rentabilizar os recursos humanos que dormem no subconsciente de cada um de nós. É preciso saber o que se quer, o que se pode fazer e querer de verdade, com persistência, atingir objectivos previamente estabelecidos.

Enfim, há motivos para não nos deixarmos sucumbir à crise. E deixo umas dicas atrevidas: Porque não lutarmos contra a monodependência do petróleo? Porque não preparar a energia de cada prédio, através da decomposição da água por forma a utilizar o hidrogénio para produzir a energia necessária ao prédio? Ou a eólica ou a solar? Porque não modernizar as comunicações ao ponto de tornar desnecessários os cabos que ligam o prédio às centrais eléctricas, de telefones de TV por cabo, etc? Porque não utilizar a Internet para trabalhar a partir de casa aliviando os transportes e a poluição?

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Sobredotados sem compreensão e apoio do Governo

Estima-se que sejam aproximadamente 50 mil as crianças e jovens sobredotados em Portugal, mas, nem todos estão identificados e muito menos acompanhados no processo educativo, correndo sério risco de entrarem na lista do insucesso escolar.

Segundo o Instituto da Inteligência, as crianças sobredotadas, com um cociente de inteligência (QI) superior a 130, representam 3% da população menor de 18 anos, sendo deste grupo que sai a maioria dos génios da ciência, da arte e do desporto de todo o Mundo.

Sem os apoios adequados este aspecto positivo das crianças acaba por, em vez de uma vantagem, ser um ónus por elas acabarem por se sentirem rejeitadas pelas outras e se desmotivarem pelo estudo e muitas vezes, até, de viver». Por isso, é que se tornou urgente a criação de escolas para pequenos talentos, como defende o Instituto da Inteligência.

A inexistência de estabelecimentos de ensino específicos para sobredotados em Portugal fez com que a Universidade da Criança, localizada no Algarve, avançasse, conjuntamente com o Instituto da Inteligência, para o projecto de criação de uma escola-piloto do 1º ciclo, a iniciar no próximo ano lectivo de 2008/09, em Portimão.

No entanto, segundo o Instituto, «o projecto está em risco de ser suspenso visto que as dificuldades burocráticas e a incompreensão do Ministério da Educação estão a atrasar o processo de legalização». O ministério de Maria de Lurdes Rodrigues contactado pelo jornal gratuito Destak, não forneceu uma explicação para os atrasos burocráticos até à hora de fecho da edição de 18 do corrente.

A escola, de características inovadoras e pioneiras na Península Ibérica e até na Europa (em alguns aspectos), já suscitou o interesse de algumas entidades espanholas que, segundo o Instituto da Inteligência, podem vir a importá-lo. Esta situação «não deixaria de ser bizarra, embora não fosse invulgar em Portugal», acrescentou fonte do Instituto. Se esta hipótese se confirmar, os sobredotados portugueses poderão ter de recorrer ao país vizinho para ir à escola. E, provavelmente, acabarão por ali vir a exercer as suas futuras actividades científicas, artísticas ou outras.

Se não for encontrada a melhor solução para o País fica, mais uma vez, demonstrada a nossa teimosa vocação para a mediocridade, com rejeição daquilo que de mais válido existe dentro das fronteiras. Tem sido em vão que neste espaço se tenha chamado a atenção para a importância dos jovens excepcionais que prometem elevar o valor de Portugal. É imperioso que se valorize o capital humano em que tem de assentar a reconstrução de Portugal, como repetidamente aqui e aqui tem sido expresso.

- Mais um caso de jovens válidos

- Jovens excepcionais

- Jovens válidos são esperança para o País

- Jovens em voluntariado louvável


segunda-feira, 16 de junho de 2008

El papel real de los migrantes. Carta abierta de Evo Morales a propósito de la "directiva retorno" de la UE (adenda)

Aproveitamos para salientar que publicámos hoje no nosso Contracorrente uma notícia relativa precisamente a este tema, com o título Directiva de Retorno deverá ser aprovada pelo Parlamento Europeu, cuja leitura sugerimos vivamente.

A Censura no Euro 2008

A UEFA esforça-se por esconder o que se passa durante os jogos fora do rectângulo e até certos acontecimentos no seu próprio interior. Com efeito, entre outros que não foram emitidos, esconderam-nos as enormes fumaradas lançadas pelos adeptos, uma cena de pancadaria e não se viu o adepto croata que em 8 de Junho saltou para o terreno e correu por ele fora, com o seu cachecol estentidos entre as mão levantadas por cima da cabeça até que a segurança o agarrou e o pôs fora.

A UEFA avança que não quer que tais acontecimentos sejam vistos e possam encorajar os adeptos hooligans a repeti-los ou exagerá-los. Tenta justificar-se que não quer oferecer uma plataforma à violência e que, por demais, estas cenas não são pertinentes.
Tal não é, todavia, a opinião de Armin Walpen, director geral da Radiotelevisão Suíça (SSR SRG) nem da imprensa dos dois países do Euro. Todos eles afirmam que o dever da imprensa é de informar e mostrar, não de censurar e de esconder. O director da Radiotelevisão Suíça diz recear que os Jogos Olímpicos venham também a ser censurados. Este litígio entra já numa segunda fase. «As grandes associações desportivas tentam cada vez mais assegurar-se o domínio do som e da imagem por intermédio das suas próprias empresas de produção», declarou Armin Walpen no Sonntags Zeitung de ontem (domingo 15), considerando o procedimento como «censura». Do ponto de vista da independência jornalística é «mais que problemático» que terceiros seleccionem imagens. «A UEFA será chamada à atenção por escrito a este sujeito», acrescentoui ainda o presidente da SSR SRG. Em declarações emitidas pela rádio, Armin Walpen disse abertamente recear que esta prática faça escola. Sobre os JO de Pequim neste verão, disse que «será necessário estarmos particularmente atentos». Informou ainda que pretendia apelar à União Europeia de Radiodifusão para que ela intervenha junto das associassões desportivas.
Os noticiários das televisões francesa e suíça reproduzirm nos seus noticiários todas as imagens dos acontecimentos acima mencionados, que os seus repóprteres captaram, com grande alarido sobre aquilo que classificaram abertamente como "censura", afirmando que o dever jornalístico de informar estava a ser contornado pela UEFA por esta "censura".

Que vimos ou ouvimos em Portugal? A cada um de se recordar do que viu ou ouviu nos nossos noticiários cada dia mais desinformadores e assim poder julgar da sebosa cambada de pedantolas jornaleiros, ou não, que parece mais não fazer do que apoiar os ditos e actos dos políticos corruptos, relatando até todos os seus peidos. Que nos interessa o que se passa nos partidos? Que temos a ver, por exemplo, com a Manela Leiteira ter encabeçado um partido tão corrupto como os outros? O que nos interessa é saber que ela tenciona derstruir os sistemas de saúde e da segurança social, tal como previamente planeado pelo beato Cagão Feliz & Cia., que por se fingir beato indubitavelmente arderá no fogo do inferno. Portugal já é o país em que esses serviços têm as prestações mais miseráveis da Europa; no entanto, há quem queira fazer ainda bestialmente pior, distanciar-nos mais dos outros países e abrir mais o fosso entre ricos e pobres. O que nos interessa é o fim da corrupção e do parasitismo partidários, que os governos governem para a população e não para se enriquecerem, no seu próprio interesse e nos das empresas que lhes vão passando pelas mãos, inegável prova da corrupção com que minam o país e a administração pública, em que os postos de chefia (e não só) continuam a mudar de mão consoante o partido no governo, tal qualquer ditadura de bananas. Factos de interesse para a vida nacional não nos relatam, só o que se passa na estrumeira espanhola, em toda a Europa conhecida pelo atraso. Como as provas estão lá e bem à vista, quem será o banana que, nestas circunstâncias, acredita que Portugal é ou posssa ser uma democracia? Só atrasados mentais ou interessados corruptos o poderão acreditar ou afirmar. Quem tem olhos que veja.

sábado, 14 de junho de 2008

A União Europeia após o referendo da Irlanda

Transcreve-se este texto de Renato Nunes, emigrante nos Estados Unidos da América recebido por e-mail de Alô Portugal, pela análise perspicaz, realista e oportuna, de forma muito irónica, que faz da situação da União Europeia após o NÃO ao referendo da Irlanda.

Consórcio franco-germano

O "não" do povo irlandês foi "areia na engrenagem" da máquina criada pelo consórcio franco-germano que domina a Europa mas os dedicados lideres "europeus" não desistem e preparam já uma "alternativa 'C' "

Os burocratas e lacaios de Bruxelas, a começar por Barroso e a acabar em Sócrates sentem hoje um misto de pesar e de raiva.

Depois de tanto trabalho a alinhavar um Tratado que tão bem servia os interesses dos quatro grandes - Franca, Alemanha, Inglaterra e Itália - não e que os ‘marginais’ Irlandeses resolvem torpedear aquilo que Lisboa aconselhou e aprovou ?
Como se atreveram a tal? Como se atreveram a ter opiniões diferentes das dos seus lideres?
Já se conhecia - depois do que aconteceu em Franca e na Holanda há anos atrás - do perigo que é submeter a voto directo (pelo Povo) assuntos importantes, coisas como o futuro da hegemonia Franco-Alemã na Europa.

Então, para que servem os Parlamentos Nacionais cheios de políticos com saber e visão ?
Aí, ao menos os donos da U.E. contam com maiorias de políticos inteligentes e fiéis aos princípios do "Europeísmo" e que votam SIM nos projectos que lhes são enviados de Bruxelas para serem impostos para bem dos seus compatriotas.
Pois se vem de Bruxelas só pode ser bom !
Em Portugal é assim que se faz e o exemplo Lusitano devia ser seguido em toda a Europa.
Os sábios dirigentes de Portugal nunca sujeitariam um Tratado feito por gente genial, brilhante, ao voto de gente que não sabe o que quer.

Nos Parlamentos sim, não se correm perigos desnecessários.
Como tal, especialmente os partidos predominantes são os de Centro-Esquerda -- em Portugal PS & PSD - o voto é obviamente um SIM.
Para que correr riscos deixando nas mãos do Povo - quase sempre ignorante e desconhecedor do que é bom para ele, se não forem as Elites a dizer-lhe! - decisão que podem forçar a ter-se de arranjar nova forma de fazer passar o Tratado? É só para dar trabalho.

Pois amigos, já neste momento os valorosos e abnegados dirigentes Europeus se preparam para activar a "Alternativa 'C'" !
A tal que diz que bastara SIMPLES MAIORIA para que o Tratado possa ser imposto a todos os países membros e que não é necessário referendo popular, pois bastará o voto da maioria simples dos representantes eleitos pelo Povo.
Portanto, basta 14 Parlamentos votarem SIM e a coisa está concluída e aprovada sem entraves, nem surpresas.

Não se entende porque insistem ainda alguns políticos em querer o voto directo popular sabendo que as massas nem sabem sequer no que estão a votar e preferem ser lideradas do que ter que pensar e tomar decisões?
Então não se viu já que o Povo até é dado a reeleger uma vez e outra as maiores nódoas e vigaristas políticos nos seus países?
Eles não são difíceis de levar. É preciso é saber dar-lhes Pão & Circo na altura devida.
E que mais seria de esperar de gente de baixo nível mental e intelectual cujo comportamento é altamente previsível há anos?

O futuro da UNIAO EUROPEIA e das riquezas fabulosas que vai trazer aos grandes consórcios do Capitalismo Globalista Euro-Americano não pode ser refém de votos NÃO de alguns simplórios que pensam que são alguém!

Renato Nunes, Carolina do Sul, EUA

YEDA CRUCIUS - TRUCULÊNCIA POLICIAL COMO DEFESA

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, vem sendo alvo de inúmeras denúncias de roubos nos cofres públicos, nunca nada atingiu a Governadora, sábado passado, no entanto, Cesar Busato, chefe da Casa Civil do Estado foi flagrado, numa gravação, oferecendo dinheiro, cargos ou o que fosse possível, ao Vice governador, para que o mesmo ficasse calado e não pedisse investigação, nos casos relatados.
Todos os secretários foram demitidos e a governadora disse que de nada sabia. Ontem, 12 de Junho de 2008, diversas entidades do movimento social, sindicatos, estudantes, Via campesina, organizaram um protesto em frente ao palácio da Governadora(que tem como slogan de governo: " O novo jeito de governar"), exigindo investigações dos casos denunciados.
Para espanto de todos, a Governadora, do PSDB(Social-democrata), que recém havia nomeado o Coronel Mendes, um dos mais truculentos e arbitrários militares da polícia estadual, como chefe geral, solicitou ao mesmo que dissolvesse a manifestação pacífica e bem humorada! O que se passou então, é inenarrável, homens, mulheres e crianças foram simplesmente trucidados, a constituição brasileira foi ignorada, Deputados que estavam no local e tentaram intermediar solicitando calma ao comandante, foram igualmente espancados...

Esta denúncia tem que se tornar notícia no mundo, principalmente pelos métodos truculentos, digno dos nazi-fascistas e da direita, sempre contra o povo desarmado e trabalhadores...



sexta-feira, 13 de junho de 2008

O erário quer rigor e exigência

Cavaco exortou os portugueses a serem rigorosos e exigentes e lembrou que um país "onde as instituições não sejam fiáveis, que não cresça e não inove" dificilmente vencerá. Não foi por acaso e sem intenção que pronunciou tais palavras. Elas são necessárias para alertar os cidadãos da volta urgente a dar aos hábitos de desperdício, com fanfarronice, ostentação, vaidade e parolice, tudo condimentado com irresponsabilidade e falta de rigor. Os casos que servem de suporte a esta afirmação são inúmeros e apenas se citam alguns.

A empresa Metropolitano de Lisboa pagou 16,4 milhões de euros de prémios por antecipação do prazo de conclusão das obras na empreitada de extensão da Linha Azul a Santa Apolónia, que demorou 12 anos a fazer e derrapou 1358 dias. Onde está o prazo antecipado, que justifica prémios?

O túnel do Metro que liga o Terreiro do Paço a Santa Apolónia além de ter demorado 12 anos a ser construído, teve uma derrapagem financeira de 65,7%. Foi estimado em 47,3 milhões de euros, acabou por custar 78,4 milhões (diferença de apenas 31,1 milhões!) e deixou o Metropolitano endividado. Os valores finais da factura do prolongamento da linha constam de uma auditoria do Tribunal de Contas (TC), que alerta para a possibilidade de Bruxelas vir a reclamar os fundos concedidos para a concretização, no montante total de 113 milhões de euros. Além do mais, o TC constatou que várias obras para construção do túnel Terreiro do Paço/Santa Apolónia foram adjudicadas por ajuste directo, sem salvaguardar o princípio da concorrência.

Segundo o PÚBLICO de 12 do corrente o Ministério da Justiça vai pagar, nos próximos dez anos, quatro milhões de euros pelo aluguer de um edifício novo que custou 1,8 milhões de euros (menos de metade do aluguer pago pelo Estado), onde vai instalar um tribunal, em Guimarães. O imóvel em causa acolhe o Tribunal de Varas Mistas de Guimarães e o contrato de arrendamento foi celebrado entre o Ministério da Justiça (MJ) e uma empresa de investimentos turísticos. O edifício é propriedade da Algarvau, uma empresa de investimentos turísticos sedeada em Lisboa, que o arrendou ao Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça a troco de uma mensalidade de 33.750 euros. A empresa arrendatária continuará proprietária do edifício no final do contrato, contra uma sugestão da Direcção-Geral do Património (DGP). Curiosamente, apesar de ter sido a JAG a construtora concorrente vencedora, o contrato de arrendamento foi assinado com outra empresa, a Algarvau!

A quantidade de dinheiro mal gasto em obras públicas cujos custos derraparam de uma forma escandalosa é impressionante, como a reabilitação do túnel ferroviário do Rossio, a extensão do metro a Santa Apolónia, a ponte Europa sobre o Mondego, a Casa da Música e a ampliação do Aeroporto Sá Carneiro. Mas as más tradições de incúria de um Estado esbanjador e estroina vêm de longe, de algumas décadas atrás, havendo ainda memória do Centro Cultural de Belém.

Custa muito saber que, em momento de crise tão aguda, estamos na contingência de ter de devolver a Bruxelas os 113 milhões de euros de financiamento ao túnel do Terreiro do Paço a Santa Apolónia, por causa da incompetência do dono da obra que assinou contratos em que a União Europeia detectou irregularidades e deficiências. E não são exigidas responsabilidades pessoais a quem comete tais falhas!

Os líderes políticos costumam do alto da sua arrogância afirmar que têm responsabilidade política, sem nunca explicarem ao bom povo o que esse conceito representa, de palpável. Os portugueses, a Nação, o País, têm o direito de ser exigentes e rigorosos na avaliação do desempenho dos seus eleitos, porque, como Cavaco Silva nos transmitiu, o Estado não pode continuar a ser uma instituição que não é fiável.

Depois de vários casos sob suspeita que proporcionaram ao PR o alerta para a exigência e o rigor, é de esperar que os agentes do Estado sejam mais cuidadosos nos investimentos prometidos com a alegação de se destinarem a tentar estimular o crescimento, e que vão desde as estradas, às barragens e aos hospitais, num momento em que a economia portuguesa está a arrefecer rapidamente e precisa de ser estimulada. São muitos milhões, mas que só deverão começar a produzir efeitos em 2009. Só as obras já anunciadas envolvem 12,5 mil milhões de euros.

Siga-se o exemplo da Noruega, referida no post anterior, no respeito pelo dinheiro público.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

El papel real de los migrantes. Carta abierta de Evo Morales a propósito de la "directiva retorno" de la UE

Hoje, por oportuna, publico carta aberta, escrita pelo presidente Evo Morales, da Bolívia, sobre a "directiva retorno".

Evo Morales Ayma, Presidente de la República de Bolivia / 12 jun 08

Hasta finales de la Segunda guerra mundial, Europa fue un continente de emigrantes. Decenas de millones de Europeos partieron a las Américas para colonizar, escapar de las hambrunas, las crisis financieras, las guerras o de los totalitarismos europeos y de la persecución a minorías étnicas.

Hoy, estoy siguiendo con preocupación el proceso de la llamada "directiva retorno". El texto, validado el pasado 5 de junio por los ministros del Interior de los 27 países de la Unión Europea, tiene que ser votado el 18 de junio en el Parlamento Europeo. Siento que endurece de manera drástica las condiciones de detención y expulsión a los migrantes indocumentados, cualquiera sea su tiempo de permanencia en los países europeos, su situación laboral, sus lazos familiares, su voluntad y sus logros de integración.

A los países de América Latina y Norteamérica llegaron los europeos, masivamente, sin visas ni condiciones impuestas por las autoridades. Fueron siempre bienvenidos, Y. lo siguen siendo, en nuestros países del continente americano, que absorbieron entonces la miseria económica europea y sus crisis políticas. Vinieron a nuestro continente a explotar riquezas y a transferirlas s Europa, con un altísimo costo para las poblaciones originales de América. Como en el caso de nuestro Cerro Rico de Potosí y sus fabulosas minas de plata que permitieron dar masa monetaria al continente europeo desde el siglo XVI hasta el XIX. Las personas, los bienes y los derechos de los migrantes europeos siempre fueron respetados.

Hoy, la Unión Europea es el principal destino de los migrantes del mundo lo cual es consecuencia de su positiva imagen de espacio de prosperidad y de libertades públicas. La inmensa mayoría de los migrantes viene a la UE para contribuir a esta prosperidad, no para aprovecharse de ella. Ocupan los empleos de obras públicas, construcción, en los servicios a la persona y hospitales, que no pueden o no quieren ocupar los europeos. Contribuyen al dinamismo demográfico del continente europeo, a mantener la relación entre activos e inactivos que vuelve posible sus generosos sistemas de seguridad social y dinamizan el mercado interno y la cohesión social. Los migrantes ofrecen una solución a los problemas demográficos y financieros de la UE.

Para nosotros, nuestros migrantes representan la ayuda al desarrollo que los Europeos no nos dan - ya que pocos países alcanzan realmente el mínimo objetivo del 0,7% de su PIB en la ayuda al desarrollo. América Latina recibió, en 2006, 68.000 millones de dólares de remesas, o sea más que el total de las inversiones extranjeras en nuestros países. A nivel mundial alcanzan 300.000 millones de dólares, que superan a los 104.000 millones otorgados por concepto de ayuda al desarrollo. Mi propio país, Bolivia, recibió mas del 10% del PIB en remesas (1.100 millones de dólares) o un tercio de nuestras exportaciones anuales de gas natural.

Es decir que los flujos de migración son benéficos tanto para los Europeos y de manera marginal para nosotros del Tercer Mundo ya que también perdemos a contingentes que suman millones de nuestra mano de obra calificada, en la que de una manera u otra nuestros Estados, aunque pobres, han invertido recursos humanos y financieros.

Lamentablemente, el proyecto de "directiva retorno" complica terriblemente esta realidad. Si concebimos que cada Estado o grupo de Estados puede definir sus políticas migratorias en toda soberanía, no podemos aceptar que los derechos fundamentales de las personas sean denegados a nuestros compatriotas y hermanos latinoamericanos. La "directiva retorno" prevé la posibilidad de un encarcelamiento de los migrantes indocumentados hasta 18 meses antes de su expulsión -o "alejamiento", según el término de la directiva. ¡18 meses! ¡Sin juicio ni justicia! Tal como esta hoy el proyecto de texto de la directiva viola claramente los artículos 2, 3, 5, 6, 7, 8 y 9 de la Declaración Universal de los Derechos Humanos de 1948. En particular el artículo 13 de la Declaración reza:
"1. Toda persona tiene derecho a circular libremente y a elegir su residencia en el territorio de un Estado.
2. Toda persona tiene derecho a salir de cualquier país, incluso del propio, y a regresar a su país".

Y, lo peor de todo, existe la posibilidad de encarcelar a madres de familia y menores de edad, sin tomar en cuenta su situación familiar o escolar, en estos centros de internamientos donde sabemos ocurren depresiones, huelgas de hambre, suicidios. ¿Cómo podemos aceptar sin reaccionar que sean concentrados en campos compatriotas y hermanos latinoamericanos indocumentados, de los cuales la inmensa mayoría lleva años trabajando e integrándose? ¿De qué lado esta hoy el deber de ingerencia humanitaria? ¿Dónde está la "libertad de circular", la protección contra encarcelamientos arbitrarios?

Paralelamente, la Unión Europea trata de convencer a la Comunidad Andina de Naciones (Bolivia, Colombia, Ecuador y Perú) de firmar un "Acuerdo de Asociación" que incluye en su tercer pilar un Tratado de Libre Comercio, de misma naturaleza y contenido que los que imponen los Estados Unidos. Estamos bajo intensa presión de la Comisión Europea para aceptar condiciones de profunda liberalización para el comercio, los servicios financieros, propiedad intelectual o nuestros servicios públicos. Además a título de la protección jurídica se nos presiona por el proceso de nacionalización del agua, el gas y telecomunicaciones realizados en el Día Mundial de los Trabajadores. Pregunto, en ese caso ¿dónde está la "seguridad jurídica" para nuestras mujeres, adolescentes, niños y trabajadores que buscan mejores horizontes en Europa?

Promover la libertad de circulación de mercancías y finanzas, mientras en frente vemos encarcelamiento sin juicio para nuestros hermanos que trataron de circular libremente. Eso es negar los fundamentos de la libertad y de los derechos democráticos.
Bajo estas condiciones, de aprobarse esta "directiva retorno", estaríamos en la imposibilidad ética de profundizar las negociaciones con la Unión Europea, y nos reservamos del derecho de normar con los ciudadanos europeos las mismas obligaciones de visa que nos imponen a los Bolivianos desde el primero de abril de 2007, según el principio diplomático de reciprocidad. No lo hemos ejercido hasta ahora, justamente por esperar buenas señales de la UE.

El mundo, sus continentes, sus océanos y sus polos conocen importantes dificultades globales: el calentamiento global, la contaminación, la desaparición lenta pero segura de recursos energéticos y biodiversidad mientras aumenta el hambre y la pobreza en todos los países, fragilizando nuestras sociedades. Hacer de los migrantes, que sean documentados o no, los chivos expiatorios de estos problemas globales, no es ninguna solución. No corresponde a ninguna realidad. Los problemas de cohesión social que sufre Europa no son culpa de los migrantes, sino el resultado del modelo de desarrollo impuesto por el Norte, que destruye el planeta y desmiembra las sociedades de los hombres.

A nombre del pueblo de Bolivia, de todos mis hermanos del continente regiones del mundo como el Maghreb, Asia y los países de Africa, hago un llamado a la conciencia de los líderes y diputados europeos, de los pueblos, ciudadanos y activistas de Europa, para que no se apruebe e1 texto de la "directiva retorno".

Tal cual la conocemos hoy, es una directiva de la vergüenza. Llamo también a la Unión Europea a elaborar, en los próximos meses, una política migratoria respetuosa de los derechos humanos, que permita mantener este dinamismo provechoso para ambos continentes y que repare de una vez por todas la tremenda deuda histórica, económica y ecológica que tienen los países de Europa con gran parte del Tercer Mundo, que cierre de una vez las venas todavía abiertas de América Latina. No pueden fallar hoy en sus "políticas de integración" como han fracasado con su supuesta "misión civilizatoria" del tiempo de las colonias.

Reciban todos ustedes, autoridades, europarlamentarios, compañeras y compañeros saludos fraternales desde Bolivia. Y en particular nuestra solidaridad a todos los "clandestinos".



quarta-feira, 11 de junho de 2008

IRISH FRIENDS VOTE «NO» FOR ME

Assine a petição online aqui

Paremos o Tratado da EU! Levantemos as nossas vozes na Irlanda!

A 13 de Dezembro de 2007, os chefes dos estados e dos governos da UE assinaram o "Tratado de Lisboa"que esperam comece a vigorar a 1 de Janeiro de 2009. Este tratado controlará os futuros trabalhos da União Europeia e, tal como a Constituição Europeia recusada pelos votantes franceses e holandeses em 2005, iniciará, exactamente do mesmo modo, o caminho a uma Europa neo-liberal e de mercado livre. As necessidades sociais dos cidadãos europeus não são tidas em conta. Em vez de respeitar o desejo dos europeus de uma Europa democrática, social, pacifista e ecológica, este tratado faz com que o neoliberalismo se instale de pedra e cal nas as ordens de trabalho da UE.

Para que este golpe de estado tenha sucesso, todos os pedidos de referendos foram ignorados e os governos estão a optar pela desinformação em relação ao seu conteúdo.

Nós pedimos aos irlandeses para votarem contra este Tratado da UE.

Depositamos as nossas esperanças nos irlandeses e esperamos que os outros povos europeus se juntem a nós.

Dizemos SIM à Europa, mas queremos um novo começo. Queremos uma Europa pacífica, social, ecológica a democrática e dizemos NÃO à militarização da UE, à sua orientação neoliberal e à redução das liberdades democráticas.

Aspiramos a uma União Europeia do povo, pelo povo, para o povo, mas isso só se tornará possível quando a todos os cidadãos dos estados membros da UE for dado o direito de decidirem por si próprios se o Tratado de Lisboa deve ou não ser a base dos seus futuros governos. Nós dizemos NÃO e pedimos-lhe

Por favor assine a petição aqui!

20462 pessoas dos 26 estados membros da UE já assinaram esta petição (desde 12 de Maio corrente)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Ex-combatentes portugueses em França

No dia das Comunidades Portuguesas, em que já circula a mensagem do PR a suscitar à diáspora o amor pátrio e a participação no desenvolvimento de Portugal, surge este grito de alarme a denunciar o desprezo que o Governo dedica às Comunidades. Dá que pensar.

ASSOCIAÇÃO DOS REFORMADOS E DOS
EX-MILITARES/EX-COMBATENTES PORTUGUESES DE FRANÇA
6, Rue de la République – 95100 ARGENTEUIL - Tel/Fax : 01 39 80 94 25 -
Email : armcpf@free.fr

COMUNICADO DE IMPRENSA - 10 de Junho de 2008
COMEMORAÇÕES...

Enquanto o Governo envia os seus Ministros e Secretários de Estado aos cinco cantos do mundo para comemorar o dia das Comunidades Portuguesas, com discursos e “vivas à Joana”, milhares de Ex-combatentes emigrantes comemoram a maior injustiça e desprezo que o Estado Português lhes faz.

Este ano é o quarto aniversário da publicação da lei 21/2004 e do consequente Decreto-lei 160/2004, que continuam por regulamentar. Não é demais lembrar que estes diplomas tinham uma cláusula que impunha a regulamentação nos dois meses seguintes à dita publicação.

Face à nossa indignação pelo incumprimento da regulamentação da lei, o Governo evocando que a sustentabilidade financeira do regime de reformas estava comprometido, apresentou em Setembro de 2006 um documento de trabalho, que serviria de base à decisão que o Governo tomaria para resolver o “nosso problema”; este documento tem o titulo “As propostas para responder às questões suscitadas com os Ex-combatentes emigrantes”.

É verdade que a sustentabilidade do regime de reforma em Portugal, foi vergonhosamente adulterado pelo compadrio, pela má gestão dos efectivos da função publica e equiparada, pelas escandalosas e avultadas reformas dos membros dos sucessivos executivos que sempre consideraram os emigrantes como Portugueses de segunda classe. Mas o cúmulo da ousadia e pouca-vergonha é impor aos emigrantes que sempre foram e são o balão de oxigénio da economia portuguesa as consequências da incúria sucessiva dos nossos governantes.

Estas propostas não foram mais longe que o caixote do lixo.

O Senhor Secretário de Estado das Comunidades, António Braga, cada vez que recebeu uma delegação da nossa Associação, dos nossos camaradas do Luxemburgo ou do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas, afirmou peremptoriamente alto e bom som que a regulamentação seria realidade antes do fim do ano.

Os anos passaram, o Secretário de Estado é invariavelmente o mesmo mas a lei continua por regulamentar. A credibilidade das promessas do Senhor Secretário de Estado das Comunidades e do Governo em geral acabam por comprometer unicamente quem ainda acredita nestas.

A nossa Associação apela a Comunidade Portuguesa a manifestar com veemência junto aos representantes do Governo presentes nas comemorações do 10 de Junho o repúdio pela forma como este trata os direitos inalienáveis dos ex-combatentes emigrantes.

Solicitamos aos Órgãos de Comunicação Social de informar sobre a situação actual de milhares de compatriotas impedidos de se reformarem devido à não regulamentação dos diplomas citados.

EXIGIMOS A REGULAMENTAÇÃO DA LEI 21/2004 e 160/2004

UNIDOS VENCEREMOS
António Cerqueira

Fatia do Bolo

Com a entrada da China e India, a procura da energia e dos alimentos, disparou. Nos dias em que vivemos hoje a culpa são dos dois. É óbvio que mudou algo. Agora estes dois Países também querem o seu quinhão do bolo e têm direito a isso. Desequilibraram os mercados em geral. Pretexto óptimo para os grandes especuladores fazerem o que melhor sabem fazer, desvirtuar preços para no final obterem maior lucro. Já nos anos 70 se dizia - Quando a China acordar o mundo tremerá !
Melhor, a Globalização, sempre existiu, desde que o Homem começou a caminhar neste Planeta. O grande desenvolvimento das tecnologias de comunicação vieram dar um maior ênfase a esta questão. Padroniza-se hoje com mais facilidade e aceitação do que com regimes autoritários e ditatoriais, porque, a democracia e liberdade dão um certo tipo de legitimidade legal e social. Existem milhentas de teorias de conspiração, e cada um tem uma ou várias, mas, facto é que está em curso um programa de dominação da Humanidade. Como ao longo da História, sempre, se tentou dominar o mundo. Nos dias de hoje vivemos a Era Imperial Americana com vários suportes multi-dimensionais.
º
- A retirada da capacidade de decisão das Pessoas.
- Estupifidicação em massa. Hoje estupidifica-se Global.
- Manipulação dos preços dos bens. Hoje manipula-se Global.
A retirada da capacidade de decisão é a ferramenta mais potente em vigor nos nossos dias. Controla-se eficazmente os media, pois, o jornalista aventureiro acaba no descrédito. O Homem Endividado que vive para pedir num lado para tapar noutro lado. É um Homem controlado e manietado. Dos mais lucrativos do sistema financeiro.
Os media "fusionados" e controlados por cada vez menos grupos económicos dão a festa e diversão que as massas querem para se alienarem dos seus problemas do dia-a-dia. Se possível em cada País alguém terá que ter na mão um grupo televisivo. Desinforma-se não escondendo, mas sim, dando toneladas de informação enveiezada.
E um dos grandes problemas, os mercados financeiros, que, sob uma capa de legalidade, seriedade e credibilidade desvirtuam preços a uma velocidade alarmante. Quem verdadeiramente domina e tenta dominar em absoluto usa esta ferramenta com um pretexto óptimo para iludir, dissimular e esconder. Sobe o valor de algo para daí retirar lucro. Desce para se comprar Empresas e mercadorias abaixo do suposto preço de mercado. Se morre gente do outro lado do mundo com fome, quem quer saber ? É como jogar na roleta e apostar no vermelho e preto em simultâneo, e ganhar, quer saía, vermelho ou preto. Antes da bola rolar já se sabe que vai ganhar. Havendo uma ilusão de escolha, é toda a natureza humana metida lá dentro.
No recente/velho binómio esquerda ou direita o rumo politico segue na mesma direcção. Deixando a ilusão de possibilidade de escolha às massas. Quando à partida a matriz já está escolhida.
Foram e são contratados os melhores em várias áreas científicas: matemática, psicologia, sociologia, genética, analistas de vária ordem, físicos, químicos, informáticos, economistas e especialistas em fenómenos para-normais. Que pensam e repensam todos os dias, ajustes a uma estratégia em que cada um é uma mini-peça num maxi-mecanismo.
Estão acima dos Estados, e apostam, numa economia cada vez mais liberalizada e selvática, no intuito de, forçar a grande crise. Nem que seja através do Terror. Por forma a que seja aceite por todos o seu domínio. A mensagem que deixo é - Eles não sabem tudo, e, também têm medo!
No mundo ocidental e liberalizado existem hoje dois grandes chavões que bloqueiam a expansão do livre pensamento.
º
Quando alguém tenta mostrar as incongruências do mundo liberalizado e selvagem dos números, aparece quem atire - Deves ser comunista ! O complexo comunista (que não tem nada a ver) tão bem explicado no livro de Viviane Forrester " O Horror Económico ".
O outro em que sempre que aparece um indivíduo a colocar questões, há quem atire - E quais são as soluções que apresenta ? Como se fosse obrigatório para questionar algo, tivesse que se dar a solução para todos os problemas do mundo. E assim mata-se à nascença qualquer tipo de tentativa de apresentar outras visões, embrionárias, mesmo que ridiculas.
Pois é a fatia do bolo. Cada vez nos dão a parecer que é mais pequena.

Dia da (má) raça

Homenagem KAOS

Campanha pelo NÃO ao Tratado de Lisboa


Há muita documentação sobre a campanha «não ao tratado de Lisboa» nos seguintes sites:



Faça um copy deste apelo e reenvie-o para escolapublicablog@gmail.com

segunda-feira, 9 de junho de 2008

PARA FALARMOS ALGO ATUAL.


"Ao se dirigir, com justa razão, aos adversários de boa fé, Bakunin lhes demonstra a inanidade de sua crença nesta autoridade divina sobre a qual foram fundamentadas todas as autoridades temporais; ele lhes prova a gênese puramente humana de todos os governos; enfim, sem deter−se naquelas origens do Estado que já estão condenadas pela moral pública, tais como a superioridade física, a violência, a nobreza, a fortuna, ele faz justiça à teoria que daria à ciência o governo das sociedades.

Mesmo supondo que fosse possível reconhecer, no conflito das ambições rivais e das intrigas, os pretensos e os verdadeiros homens de ciência, e que se encontrasse um modo de eleição que fizesse esgotar infalivelmente o poderio daqueles cujo saber é autêntico, que garantia de sabedoria e de probidade em seu governo poderiam eles nos oferecer? De antemão, não poderíamos, ao contrário, prever entre estes novos senhores as mesmas loucuras e os mesmos crimes que entre os senhores de outrora e os do temp presente? Inicialmente, a ciência não é: ela se faz. O homem de ciência do dia nada mais é que o ignorante do dia seguinte. Basta que ele pense ter chegado ao fim para, por isso mesmo, cair abaixo da criança que acaba de nascer.

Mas, tendo reconhecido a verdade em sua essência, não pode deixar de se corromper pelo privilégio e corromper outros pelo comando. Para assentar seu governo, ele deverá, como todos os chefes de Estado, tentar parar a vida nas massas que se agitam abaixo dele, mantê−las na ignorância para assegurar a calma, enfraquecê−los pouco a pouco para dominá−los de uma altura maior."
Qualquer coincidência com a realidade é mera semelhança!

A original greve do patronato

A total situação de irrealidade, surrealismo, imaginação política, ou seja lá o que lhe queiramos chamar, que se vive actualmente na vida política portuguesa, expressa-se de uma forma das mais características pelo que vai ser hoje a paralisação da camionagem portuguesa. Aliás, dou-lhe este nome porque não me ocorre outro mais adequado para definir esta nova figura jurídica, em que patrões paralisam a sua frota de camiões, numa espécie de protesto contra o aumento dos combustíveis. Não é exactamente greve, porque isso fazem-no os trabalhadores, também não é exactamente lockout, porque isso fazem-no os patrões contra os seus trabalhadores... O que será então?

Confesso que não estou nada preocupado com a definição jurídica do que se está a passar, mas antes com o seu conteúdo político, o seu significado, no contexto de um país desgovernado, mal governado, governado suigenericamente!!! Será esta afinal a definição que faltava para definir a actual situação? Afinal, uma Situação Suigenérica?

A crise internacional - que começa por ser isto mesmo, uma crise internacional - do aumento do preço dos combustíveis fósseis, do petróleo e seus derivados, como a gasolina e o gasóleo, para abreviar os considerandos muito típicos do nosso comentarismo sócio-económico-político, chegou também a Portugal! Afinal, o que parece tão "simples" na sua complexa raiz, tornou-se tão intrincado no nosso doentio e quase-quase-profissional comentarismo, que dificilmente nos entendemos para compreender a verdadeira realidade dos factos. Na minha modesta opinião de cidadão, o que se passa é que o patrões também decidiram fazer uma greve. Pronto. É esquisito, é fora do comum, é original, mas é disto que se trata.

Hoje, os camiões não vão a lado nenhum. Ficarão parados, andarão devagarinho, mas foi isto o que o patronato decidiu. Aliás, nem sequer se põe o problema dos trabalhadores saírem prejudicados com esta originalidade, porque a sua "féria", o seu dia de "não-trabalho", o seu salário será pago. Isso também ficou decidido pelo patronato. Sugiro que leiam esta notícia que publicámos no nosso site, retirada por seu lado do jornal Publico.pt, para que esclareçam as suas dúvidas, as que lhes possam legitimamente ter surgido com toda esta novidade, com toda esta originalidade. No fundo, com o que me parece ser uma espécie de novo passo dado em prol de uma luta contra o nosso grande inimigo. Contra a Globalização Neoliberal!

Pelo menos é assim que eu o vejo. Quem quiser elucidar-me, contradizer-me, não hesite em fazê-lo já, ou logo que se sinta mais esclarecido, ou tenha uma opinião mais racional do que esta...

domingo, 8 de junho de 2008

Premiar emigrantes com talento

Num momento em que a generalidade dos portugueses está afectada por uma espécie de loucura com o Euro 2008 e a reagir de forma intensa à vitória sobre a selecção turca, não devemos deixar passar de lado o facto significativo de hoje serem distinguidos 12 portugueses de entre 36 nomeados emigrantes e lusodescendentes, muitos ainda jovens. É a segunda edição de Prémios Talento.

Uma das nomeadas na categoria Humanidades é Ana Paula Lopes, que é a primeira mulher presidente da Orquestra Sinfónica de Toronto. Ela reconhece que "a orquestra é uma organização de elite", e sublinha "mas ninguém pensa se sou portuguesa ou não".

Os 36 nomeados distribuem-se por 12 categorias: Artes do Espectáculo, Artes Visuais, Associativismo, Ciência, Comunicação Social, Desporto, Divulgação da Língua Portuguesa, Empresarial, Humanidades, Literatura, Política e Profissões Liberais. Cada categoria tem três nomeados que foram seleccionados entre 270 candidaturas, havendo, para cada distinção, um júri específico.

Os prémios são organizados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Os vencedores recebem um troféu, "num gesto de reconhecimento pelo seu trabalho", como explica fonte da Secretaria de Estado. Esta cerimónia é uma excepção, num país que se esquece vezes demais da enorme comunidade portuguesa que está espalhada pelo mundo. E também não incentiva publicamente, como seria desejável, os talentos dentro de portas.

A comprovar o prazer sentido nesta notícia, junta-se uma lista de artigos aqui publicados em que se salienta a conveniência de premiar o mérito de jovens que se distinguem em algo de positivo para um futuro melhor de Portugal, isto é, dos portugueses. Sempre este espaço apoiou que incentivos como este são de inegável importância para o nosso desenvolvimento.

- Jovens excepcionais
- Jovens válidos são esperança para o País
- A política não é atractiva
- Cavaco, Jovens e a democracia
- Investigador português recebe prémio no Canadá
- O capital humano precisa de motivação
- Francisco Veloso recebe prémio internacional
- Filipe Valeriano, Português que sobressai
- Cientistas portugueses em destaque internacional
- Jovens cientistas portugueses
- Jovens com prémios científicos internacionais