sábado, 6 de abril de 2013

Ministro Rouba M€4 e Assassina os Roubados

Portugal é dos países do mundo com mais acidentes rodoviários, constato plenamente justificado pelo conhecido ditado de que «na estrada se vê o civismo de um povo». Nestas infelizes circunstâncias, os programas de prevenção.

A relação entre o civismo, o saber conduzir e os acidentes é bem conhecida nos países em que o seu número é mais reduzido. Reconhecendo os seus erros têm a oportunidade de usar os meios necessários para os corrigir. Exemplos não faltam. Em fins da década de 1950, diziam as Selecções do Reader’s Digest que a Polónia e a Suíça eram os países europeus com mais levado número de acidentes rodoviário. Sabemos que a Polónia fez grande progresso na sua redução e que a Suíça consegui mesmo colocar-se à cabeça do pelotão dos que menos acidentes registam. Como? Civilizando as pessoas, fazendo-as compreender que o código devia ser respeitado, ensinando-as a conduzir, submetendo-as a exames rigorosos para obtenção de carta.

Paralelamente, corrigiram os vários tipos de erros existentes nas estradas, nos traçados e na aplicação do código, dentro das cidades, e a sinalização foi adequada consoante as circunstâncias. Implantares radares fixos e móveis simulados de fixos com muitas caixas, muitas delas vazias mas com rotatividade dos aparelhos. Mais uma falta flagrante em Portugal. Much Ado About Nothing (título duma comédia de William Shakespeare).

Sobretudo, a fim de que o conjunto de medidas sortisse o efeito desejado ajudariam os condutores a compreender que a culpa era deles.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Esta «ética» vem de longe


Aula de política da época entre 1643 e 1715

Eis um diálogo entre Colbert e Mazarino durante o reinado de Luís XIV, constante da peça teatral «Le Diable Rouge», de Antoine Rault:

Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço…

Mazarino: - Um simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas, vai parar à prisão. Mas o Estado é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!

Colbert: - Ah, sim? Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos imagináveis?

Mazarino: - Criando outros.

Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino: - Sim, é impossível.

Colbert: - E sobre os ricos?

Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: - Então, como faremos?

Mazarino: - Colbert! Tu pensas como um queijo, um penico de doente! Há uma quantidade enorme de pessoas entre os ricos e os pobres: as que trabalham sonhando enriquecer e temendo empobrecer. É sobre essas que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Quanto mais lhes tirarmos, mais elas trabalharão para compensar o que lhes tiramos. Formam um reservatório inesgotável. É a classe média!

Imagem do Google