sábado, 31 de maio de 2008

IDEIAS PARA A ALTERNATIVA (PARTE II)

Como sabemos o Mundo passa por uma gravíssima situação económica, social, política e climática, todos elas interligadas. Os “culpados” para que tal aconteça, todos o sabemos, é o CAPITALISMO, NEOLIBERALISMO E GLOBALIZAÇÃO.
Como o tenho afirmado várias vezes, o Mundo pode produzir para TODOS, trabalho, alimentação, bem estar, no fundo, uma vida digna.
Para que tal aconteça, é necessário O PODER NAS MÃOS DO POVO, não temos que delegar em ninguém o nosso destino.

Dizia Marx: "
A luta do proletariado contra a burguesia começa com sua própria existência".

Para depois afirmar:
“O operariado, tomando consciência de sua situação, tende a se organizar e lutar contra a opressão, e ao tomar conhecimento do contexto social e histórico onde está inserido, especifica seu objectivo de luta. Sua organização é ainda maior pois toma um carácter transnacional, já que a subjugação ao capital despojou-o de qualquer nacionalismo”.

Tomando por princípio e conforme o tenho afirmado, que a luta de classes é o cerne de todo o processo. A classe trabalhadora nunca conseguiu efectivamente ter nas mãos o seu destino, mesmo nos países socialistas a ideia de Marx quando dizia “que a solução era a ditadura do proletariado para atingir o socialismo” nunca foi atingido, ou seja, teve sempre pelo meio atropelos de vária ordem, que, de uma maneira ou outra, impediram o avanço para a verdadeira sociedade sem classes.

Hoje vivemos num Mundo (dito) globalizado, que serve apenas os interesses do capitalismo, nunca os nossos interesses. Por isso temos de arranjar soluções para nos defender e proteger dos avanços da burguesia capitalista.

Para tal, a unidade e a organização de classe são fundamentais, entre outras. Sou de opinião que a solução e ao contrário do que outros possam pensar não está nos partidos políticos, mas sim, nas organizações populares de base, ou seja, o povo auto-organizar-se e ser ele a comandar o seu próprio destino. Como, numa próxima oportunidade exporei as minhas ideias.

Continua

4 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite,

Esse é meu assunto preferido nas filas de bancos. E concordo: enquanto delegarmos poderes somente aos políticos nada mudará, ao menos a nosso favor.
O povo há que se organizar em grupos e sub-grupos. Um papinho entre domésticas, entre jornaleiros, estudantes, dentistas, comerciantes, enfim. Como fossem células espalhando-se com o único objetivo - pacífico- de mudar o estado de coisas onde não se pode mais comportar uma minoria prevalecendo segundo seus próprios interesses capitalistas/capitais.
Sou amiga de Paulo Vilmar.
Podem contar com esta leitora ávida por idéias e informaçõs.
Boa noite.

Zé Povinho disse...

Os partidos esgotaram-se não conseguindo renovar-se e adaptar-se na solução dos problemas do país, e a sua tentativa de esmagar os movimentos cívicos demonstra isso mesmo.
Os cidadãos não podem permitir que a sua intervenção cívica fique limitada à ida às urnas de 4 em 4 anos, por que isso não é a democracia que queremos.
Abraço do Zé

Jorge P. Guedes disse...

Os partidos, hoje, são estilhaços apenas.
Imprestáveis na função que deveriam exercer, a de lídimos representantes da vontade popular.
As manifestações de opinião cada vez mais se encontram limitadas às acções individuais ou de pequeníssimos grupos de cidadãos.
Terão estas que crescer, agrupando-se em pequenos círculos locais que pressionem de facto os centros do poder.
Acho eu, claro!

Um abraço.

À margem: Será que "O Anarquista" acabou, Jorge?

Jorge P.G.

Jorge Borges disse...

Camarada,

Concordo com este teu apelo às raízes do pensamento de Karl Marx. Grande parte dos seus textos mantêm-se perfeitamente actuais e aplicáveis a esta sociedade que estamos agora a viver - imagine-se! - no início do século XXI, do terceiro milénio.
Algumas estruturas da luta de classes, com as quais se podia contar no final do século XIX, têm sido desmanteladas e perderam a sua eficácia original. Refiro-me ao sindicalismo e à força de que esta forma de organização dos operários dispunha outrora. Aliás, não faço aqui mais do que repetir uma das conclusões da tese de doutoramento de um nosso bem conhecido dirigente sindical, Carvalho da Silva.
O que nos resta, então? Na minha modesta opinião e correndo o risco de repetir o teu próprio raciocínio, camarada, a movimentação de massas em torno das questões políticas, sociais e económicas mais prementes. É disto que precisamos. Só que, lamento dizê-lo, as massas não se movimentam por sua própria alternativa...
Os movimentos cívicos organizados, de cidadãos conscientes e motivados para a luta política, independentes de partidos políticos, esses sim, poderão modificar o sistema!
Será preciso, contudo, vencer as barreiras do comodismo burguês e popular, traduzido, p.e., pela paixão pelas telenovelas e pelo futebol. Na outra senhora, diríamos os "três F": fado, Fátima e futebol.
Mobilizar, sim, mas de forma concertada, com um só objectivo em mente: a derrota do neoliberalismo.

Um abraço solidário