sábado, 6 de agosto de 2011

Destruição Nacional
Segunda Vaga

Após a primeira vaga da destruição da estrutura de subsistência nacional – sobretudo pescas, agricultura e indústria – pela banda de ladrões da oligarquia cavaqueira, temos agora a destruição do que restou. Está assim garantida a miséria do país por mais de um quarto de século se tudo correr pelo melhor, assim como a dependência completa dos países que vierem a investir nos despojos nacionais.


No país com mais baixa produtividade, a crise e a miséria não se vão em meia dúzia de anos, sobretudo com a persistente destruição e desbarato dos meios de produtividade.

O Cavaco desgraçou o país. Comparável ao Mubarak, ainda que a um outro nível bem diferente, mas não é julgado. Porquê? Pela mesma razão que o Mubarak também não foi julgado durante décadas, mas a o povo egípcio conseguirá justiça e o português não por ser mais carneiro. Ridículo: o presidente rasca escolhe o meio mais rasca para escrever aos rascas: o Facebook. Não quer falar como devia? É o presidente do Facebook. E recomenda. Que calibre!

Parece que todos se esqueceram de que o Cavaco e a filha são dois beneficiários directos dos desfalques do BPN que NÓS estamos e vamos terminar de pagar enquanto eles e os outros guardam os lucros do que nos roubaram. Para recordar os esquecidos, vejam-se as notícias da altura no Jornal de Notícias e no I Online. Disse que não o repetiria, mas não devolveu o que roubou.

O governo procede à liquidação do património do Estado. De pensemos sobre o que nos têm ocultado: mais de um terço dos países da UE – tanto dos maiores como dos menores – mantêm as chamadas «golden shares» e não vão abdicar nem desfazer-se delas, pois são a garantia de que bens de interesse nacional permanecem nacionais. A exigência acordada pelos três partidos ao triunvirato não passa duma submissão a uma imposição de passagem dos bens nacionais para possessão estrangeira. Vejamos claramente.

Tudo o que está a ser tornado privado vai ser comprado em saldo por empresas estrangeiras. Ou seja, Portugal vai passar a exportar os lucros, aumentando a miséria nacional. Claro, as empresas precisarão de trabalhadores, os explorados, que terão os seus ordenados, mas o sumo do negócio, os lucros, passarão a ser exportados. É o método encontrado por este governo para assegurar o aumento das exportações. (Ver sondagem e artigo sobre o assunto.)

Por outro lado, o emagrecimento do Estado só está a ser operado ao nível dos não militantes, que estão a pagar a factura resultante do desbarato dos governos do Cavaco. Os boys passam agora a chamar-se especialista. Mudança de nomenclatura para, costume geral, ocultar as intenções. Está a acontecer com uma rapidez até agora inédita num país de máfias oligárquicas de rapina. Os ordenados agora acordados aos parasitas continuam a ser superiores aos dos países ricos. Por demais continuam a nomear políticos para cargos económicos e comerciais que, como nos outros países, deviam ser postos a concurso. Vigaristas e ladrões que roubam os empregos da população.

Afinal, que pouca vergonha é esta de um primeiro-ministro criminoso que faz tudo ao contrário da sua nojenta propaganda eleitoral. O Sócrates era mentiroso e este prova ser ainda mais. Ele e os seus acólitos (ex.: Cagão Feliz, Manela Leiteira, Paulo Portas, Rui Rio, etc.)do fosso entre ricos e pobres não se calavam em quererem acabar com os subsídios, Agora aumenta ainda esse fosso e junta outros subsídios aos existentes.

Em vez de cortar na gordura, corta na carne e deixa a gordura. Entretanto, o Cavaco escreveu «este é o momento para recuperar forças e ânimo para um novo ano que será de grande exigência», mas não recomendou exigências na redução das despesas ao funcionamento do governo, que está a fazer o contrário da sua banha da cobra na campanha eleitoral. O autor já tinha prevenido em vários artigos como o Coelho chamava estúpidos aos portugueses e mais uma vez se verifica como é fácil de desmascarar um impostor. Houve quem tivesse apodado a visão clara de partidarismo. A estes e aos lorpas que nele votaram de nada serve reconhecê-lo agora e reclamar: assim o quiseram, assim o têm. O costume, não?
[Note-se neste post que o professor sabe como e onde colocar o símbolo do euro (€) que a maioria dos iletrados ignora e imita a jornaleiragem de ignorantes pedantes e barrascas.]

O descomunal aumento dos transportes é incrível: são actualmente os mais caros de toda a Europa, sem excepção. (Lembra-se de que as comparações não se fazem directamente, mas numa proporção do que os valores representam em relação aos ordenados nos países comparados.) Os transportes públicos causam perdas em todos os países, pelo que são sempre subsidiados. Qual é a novidade ou o drama que em Portugal seja idêntico? O governo tem que fazer como nos outros países e mantê-los acessíveis a todos. A lábia do Prof. Álvaro Santos Pereira na sua entrevista à RTP a explicar a dívida dos transportes públicos escondeu que o Estado não contribuiu o suficiente como nos outros países e nem neles falou. Limitou-se a atirar com as culpas para o governo anterior, mas em sentido errado, que a falta foi a de não ter contribuído suficientemente.

Os aumentos previstos para a água e as energias de consumo doméstico, já as mais caras da Europa (sobretudo quando correctamente comparadas em proporção aos ordenados), não obstante os lucros e ordenados obscenos dos serviços e dos aeus dirigentes, políticos parasitas partidários, é uma afronta à população e um roubo directo. O ministro aldrabão não mencionou.

Este ministro, já antes de o ser tinha demonstrado nalguns posts no seu blog, Desmitos, ser aldrabão quando isso lhe convinha.

No entanto, um dos seus posts denuncia claramente a conhecida, monstruosa e ímpar desigualdade nacional entre mais rico e mais pobres na UE e devia ser visto por todos. Só lhe falta a sua comparação ao que se passa nos outros países europeus para que se confirme o verdadeiro crime dos políticos em permitirem que a situação actual se tenha formado, eternizado e transformado numa verdadeira situação. Mesmo assim, ainda há indivíduos do presente governo que defendem medidas que agravam este estado de antidemocracia, em que o Coelho, o Cagão Feliz, a Manela Leiteira se destacam entre tantos outros. E chamam-lhe democracia!

O seu blog contém imensos dados úteis e informativos. Contudo,, alguns são abertamente manipulados por partidarismo ou apresentados alguns esquecimentos no mesmo sentido. Escreveu ainda, tão justamente que se poderia tomar por integridade, que «tirar» de lá [das empresas públicas] os partidos, para se acabar com as nomeações políticas. Nas empresas do Estado, e mesmo no próprio Estado, o principal critério de ascensão a posições de liderança deve ser o mérito, não por partidarismos ou por se ter o cartão do partido. É preciso moralizar a vida pública. Tem que haver transparência, auditorias externas regulares, mas é preciso haver - e isso é urgente - uma delimitação muito clara daquilo que são cargos políticos e o que são cargos públicos. Todavia, o governo a que ele agora pertence continua com as nomeações que ele disse condenar e a que agora se cala como um rato.

No mesmo post: o Estado [no Canadá] funciona tão bem porque têm uma administração pública muito forte. Não interessa qual é o governo que lá está, estão a servir o Estado. É o que temos que fazer em Portugal: acabar com o compadrio, o favoritismo político e a partidocracia. Defendo que todos os salários das pessoas que trabalham para empresas públicas, institutos, devem ser publicados na internet, deve haver o acesso total a essa informação. Transparência total para que as pessoas tenham menos suspeição em relação ao Estado. Não esperámos muito para vermos se iria persistir para que o governo assim procedesse. Já vimos que após 51 nomeações de especialistas em 42 dias continuou calado. [Mudar de Vida]

Num outro post, publicou vários gráficos demonstrativos do despesismo e desgovernação do governo anterior, mas omitiu o mesmo gráfico bem elucidativo que os impostores nunca revelam É esse que demonstra a realidade sem teias de aranha. Trata-se do gráfico dos montantes anuais recebidos do Fundo de Coesão Europeu em que Portugal recebeu mais por habitante do que qualquer outro país e que foram roubados ou mal usados pelos cavaquistas. Foi esta desadministração que originou a inaptidão nacional e provocou a crise por o país não ter sido devidamente modernizado. Este gráfico demonstraria como a dívida cresceu. Os governos do Cavaco puseram uma boa parte desses fundos em circulação, gerando uma inflação de 5,5%, para darem a ilusão de riqueza súbita proporcionada pelo partido no governo. Habituaram os portugueses a viverem acima das suas possibilidades e agora vê-se o resultado. Os governos que se seguiram, para não perderem votos, evidentemente, continuaram com a mesma política económica, continuando a destruição. Entretanto, já no tempo do Guterres, os fundos de coesão começaram a diminuir. Para poderem prosseguir com a mesma política, os governos aumentaram a dívida externa a fim de manterem o mesmo nível num país que deixara de produzir. Os fundos foram diminuindo e a dívida aumentando proporcionalmente. Isto é tão claro que os montantes de ambas são paralelos, inversamente proporcionais. Será por acaso? Porque será, então, que todos os fanáticos do PSD nos escondem o facto? Esta menção não existe no post do A. Pereira, o que faz dele mais um manipulador. Manipulador esclarecido, mas manipulador na mesma.

As estradas e as comunicações são uma das bases do desenvolvimento e progresso, já os romanos o sabiam bem. Alguém concebe a existência do Império Romano sem estradas? Com atalhos impraticáveis?

O progresso gerado pelas comunicações está no âmago do desenvolvimento dos países mais ricos da Europa. Na Alemanha são gratuitas, na Suíça custam Fr.S. 40/ano.

Pois o PSD obrigou o governo precedente a fazer pagar as estradas directamente do bolso dos utilizadores segundo o princípio errado de utilizador-pagador. Os ganhos económicos do uso das vias de comunicação são a nível nacional. Não admira. Em Portugal diz-se que se quer melhora a vida nacional, mas faz-se sempre o contrário do que resultou noutros países ou copia-se o que está errado. Este caso já está a atrofiar ainda mais o país, como se ouve e se constata. Obrigado, Coelho, por mais este prego no caixão; os carneiros agradecem. Alguém ouviu o ministro da economia mencionar este assunto que ele tão bem conhece?

Devido a políticas anteriores em que os partidos, para ganharem simpatias (votos), transformaram partes integrantes dos ordenados em benesses graciosamente por eles concedidas como se de favores se tratasse, os ordenados tornaram-se vulneráveis. Os acrescentes a que se chamaram subsídios de férias e de Natal, ou 13º e 14º meses, são componentes integrante dos salários, visto serem obrigatórios. Porém e de novo, a nomenclatura assimila-os a extras. Os que os ganham têm-se aproveitado como arma de pressão para que, não os contando como parte do ordenado, afirmarem que ganham ainda menos do que a realidade, ainda que os ordenados continuem vergonhosamente baixos. Todavia, esse tratamento dos ditos subsídios tornou-os vulneráveis, como se verifica. Aceitou-se, agora os ladrões roubam-nos como querem e paga-se a benesse.

Portugal é conhecido como o país europeu com a maior fossa entre mais ricos e mais pobres. Não obstante a miséria que se vive e a necessidade de corrigir esse defeito, o governo de ladrões, liderado por um criminosho vigarista convicto, condenado por tribunal criminal e com inquéritos criminais em curso, resolveu tomar medidas adicionais para aprofundar esse fosso único europeu e roubarem o dito subsídio de Natal. Porque, de acordo com o precedentemente descrito só se pode considerar como um roubo, mesmo considerando as diferenças nos cortes.

Se o Cavaco nomeou um primeiro-ministro criminoso, qual a surpresa de ter aceitado um conselheiro de estado nojento e impostor que se faz passar por cristão, quando demonstra intenções de roubar os pobres para dar aos ricos, defende um sistema de saúde para ricos e outro para pobres e acabou com o direito universal à justiça, permitindo apenas aos que nada têm a lhes serem designados advogados aprendizes que perdem todos os processos por só terem capacidade para tratar de documentos. Este post comprova o estado da justiça em Portugal e a sua inutilidade. Foram decisões deste âmbito juntas à corrupção e incompetência de juízes e magistrados que a baixaram ai nível actual.

Como pode o vigarista do Cavaco coveiro, em tal conjuntura, ousar pedir ânimo e esperança aos saqueados e nada dizer sobre os saqueadores? Todos os esforços e medidas actuais são clara e intencionalmente destinadas a manter a população em calma e servil sem se revoltar com a extrema miséria que chegará pelo fim do ano. Talvez que os carneiros se decidam a marrar e esfacelar o dono da mão que os degola. Entretanto, parecem ser mais atrasados, carneiros e desmiolados que os magrebinos, povos que franceses e espanhóis desde há séculos têm desprezado precisamente por os considerarem atrasados. Os portugueses estão a provar serem ainda mais.

A tudo isto os portugueses assistem impávidos como se estivessem a observar um filme do tempo do mudo, sem parecer dar-se conta de que a película que desfila à sua frente é a da sua própria vida. Assistem serenamente à demolição das suas vidas e das dos seus descendentes. Como se o Dr. Egas Moniz tivesse operado uma lobotomia a nível nacional. Ora se dos outros países o vêem e compreendem claramente, como pode uma população inteira ser tão tapada e nhurra? Daqui a ideia correcta que nos outros países se faz dos portugueses. Estarão certos ou errados?

É mais do que aparente de que os bandos de ladrões que formam as oligarquias mafiosas dos partidos não vão matar a galinha dos ovos de ouro e deixar de roubar e saquear o Estado de livre vontade. Tal como os exemplos de outros países, só à força se decidirão a fazê-lo. O que não se compreende é que tantas pessoas papagueiem queixumes e reclamações, mas não se unam, como nos outros países, único meio para obrigar os bandos de ladrões a obedecerem à vontade popular, a trabalharem para o país e não contra ele. O parlamento é um autêntico bordel de esbanjamento e desconsideração por aquele que deveria ser o soberano, mas que mais não é do que a vaca leiteira.

Se a bem não for, terá que ser a mal, que assim não se pode continuar, cada vez a pior como se tem verificado.


Veja a sondagem sobre o governo.


Este e outros artigos também nos blogs do autor (1 e 2).

4 comentários:

A. João Soares disse...

Caro Mentiroso,

Este é um libelo muito completo. É tão completo que torna a extensão demasiada repelindo leitores com menos paciência para ir até ao fim!
Permita-me a sugestão de não ser tão agressivo nas alterações dos nomes e na utilização de adjectivos demasiado duros que são desnecessários quando a argumentação que utiliza é suficiente, pereira, convincente e completa, demonstrando os temas sem repelir os mais sensíveis.
Gostei das transcrições do blog do Álvaro. Costuma dizer-se que pela boca morre o peixe. Os políticos quanto mais falam mais se denunciam os seus truques, vícios e contradições.

Um abraço
João

A. João Soares disse...

Caro Mentiroso,

Trago aqui um ténue eco deste seu post em que tiro dele uma citação:

O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, nomeou dois assessores com um estatuto remuneratório equiparado a director-geral, ou seja, irão receber um salário mensal bruto de 3.892,53 euros.

Estamos perante a certeza de que a bagunça continua, apesar de o ministro Álvaro ter mostrado consciência da conveniência de tornar a Administração Pública forte e eficaz.

Transcrevo um texto seu citado em Destruição Nacional 2ª vaga «o Estado [no Canadá] funciona tão bem porque têm uma administração pública muito forte. Não interessa qual é o governo que lá está, estão a servir o Estado. É o que temos que fazer em Portugal: acabar com o compadrio, o favoritismo político e a partidocracia. Defendo que todos os salários das pessoas que trabalham para empresas públicas, institutos, devem ser publicados na internet, deve haver o acesso total a essa informação. Transparência total para que as pessoas tenham menos suspeição em relação ao Estado.»

É mais um caso da contradição entre o que é dito na oposição e depois de estar na cadeira do poder. Será que o poder impede o discernimento e a actuação segundo os melhores princípios e valores?

Com este compadrio e amiguismo exageradamente remunerado aos «especialistas», «boys» ou «assessores» correm o risco de desmotivar os directores-gerais que subiram a pulso aos cargos de superior responsabilidade, pelo valor demonstrado no desempenho na carreira. E malbaratam o dinheiro público em benefício de amigos e compadres.

Continuam válidas as interrogações aqui deixadas há dias.

Agora os «boys» chamam-se «especialistas»?

PORTUGAL, para onde te levam???

Abraço
João

Mentiroso disse...

Caro A.J.S.,

Existe um princípio antigo de justiça e de reconhecimento de mérito e que é também uma tradição. Cada um deve assumir a responsabilidade dos seus actos e das suas palavras. Em Portugal, a bandalheira geral dos responsáveis políticos, aceite e seguida pela população, tem desprezado este princípio. DAÍ A ORIGEM DA IRRESPONSABILIDADE GERAL. Seguirmos estas normas anti responsabilidade é darmos a nossa melhor contribuição para a continuidade daquilo de que tantos reclamam, mas aproveitam para si próprios.
Além disto, há ainda dois provérbios sobre o assunto. Um é «quem não quiser ser lobo não lhe vista a pele». O outro, também aqui aplicável, é o que citou no seu comentário: «pela boca morre o peixe».

A consideração não é um direito da natureza; obtém-se por mérito próprio e demonstrado.

Concluindo, o vocabulário usado deve ser adequado às circunstâncias. Nestas, constata-se que ainda é demasiadamente benigno, tratando-se de indivíduos que semearam e espalharam conscientemente a miséria, a dor, a desgraça e o mal numa população inteira à excepção dos grupos do costume. Trata-se de indivíduos que só podem ser classificados como praticantes de actos da mais alta traição e que deveriam ser julgados e condenados à pena capital, mas só após lhes terem infligido as torturas que eles impuseram ao povo.

A. João Soares disse...

Caro Mentiroso,

Admiro a sua inquebrantável combatividade por uma causa justa.

Quando me refiro à terminologia, vejo que ela, se for demasiado forte para os nossos brandos costumes de «venerador e respeitador», pode afastar leitores dos que mais precisam ser ensinados.

Na nossa modorra legislativa e judicial, aqueles que «semearam e espalharam conscientemente a miséria, a dor, a desgraça e o mal numa população inteira» ficam sempre impunes, ao contrário do pobre que rouba um pão para matar a fome aos filhos que tem em casa a chorar, com o estômago vazio.
Os grandes criminosos continuam imunes e impunes, apesar de todos nós vermos notícias do estrangeiro em que os políticos são considerados cidadãos normais, responsáveis e sujeitos à lei que, por definição, é geral.

Um abraço
João