sábado, 19 de julho de 2008

NATURISMO: UMA ALTERNATIVA REALISTA


Visto que este país cada vez produz menos e o que produz está em grande parte nas mãos de grupos estrangeiros, é imperioso investir em actividades que possam potenciar algum desenvolvimento e riqueza para Portugal.
Uma dessas actividades trata-se do naturismo que, segundo os entendidos na matéria, tem sido vítima de esquecimento, desperdiçando-se assim avultadas divisas que tão bem fariam à economia nacional.
Segundo o presidente da Federação Nacional de Naturismo, milhares de turistas acabam por ficar em Espanha, onde a legislação permite a prática desta actividade em qualquer praia e as condições são óptimas no que a centros de naturismo e hóteis diz respeito.
Em Portugal este mercado é incipiente e explorado quase exclusivamente por cidadãos estrangeiros e a oferta existente resume-se apenas a meia dúzia de turismos rurais e parques de campismo.
Ora com tanta procura, designadamente por parte de turistas do norte da Europa, e num país em que o Sol é rei, porque não utilizar instalações abandonadas de fábricas falidas, fraudelentamente ou não, para reimpulsionar a produtividade nacional?
Porque não criarem-se mecas naturistas aproveitando os hectares de terra não cultivada, nomeadamente no Alentejo?
Porque não incentivar a construção de traineiras naturistas, interligando a parte tradicional que os turistas tanto apreciam, com a componente comercial? As traineiras manteriam a tripulação, mas em vez de redes utilizariam cadeiras e espreguiçadeiras, passeando os naturistas estrangeiros em águas territoriais portuguesas, deixando o pescado para os marroquinos e espanhóis.
E por que não ir mais longe ainda e inovar, criando um sub-mercado direccionado exclusivamente a naturistas femininas, oferecendo resorts com atracções típicas regionais, do estilo Zézé Camarinha, certificados com sêlo de qualidade? Enfim um sem número de possibilidades a explorar.
Afinal de contas é necessário investir em força naquilo para que se está dimensionado, aproveitando as características e potencialidades próprias de cada país.
Cada um tem que se especializar naquilo em que acredita ter mais sucesso. Os árabes tratam do petróleo, os americanos do armamento e da tecnologia de ponta, os asiáticos do arroz, etc.
Nós, portugueses, temos que direccionar toda a nossa energia e criatividade para a indústria do Naturismo, um sector com enormes potencialidades ainda por explorar e que certamente faria em muito diminuir a taxa de desemprego e aumentar o PIB nacional.

1 comentário:

Jorge Borges disse...

Grande Marreta!

Ora aqui está o que eu chamaria uma verdadeira Alternativa à Globalização Neoliberal. Sim, porque o/a Neoliberal jamais compreenderia a verdadeira essência do Naturismo - todas elas tão dolorosamente apoiadas em saltos altíssimos e eles tão sufocados em gravatas sufocantíssimas - enquanto tão aprazível e verdadeiramente libertadora prática deixam a mulher e o homem completamente plenos de liberdade.
O futuro de Portugal, o nosso belo país de praias, meu caro Eça! Que a tão mal amada Manuela te ouça e veja quão rico pode ser este nosso cantinho; proclamando bem alta esta alternativa social e democrata! E que faça alternativa, meu grande amigo! Bem hajas!

Viva o Naturismo Alternativo!