quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Vamos Lá Puxar Pela Memória

Agora que se fala tanto da relação, digamos, heterodoxa, que o novo ministro dos Negócios Estrangeiros manteve com a Sociedade Lusa de Negócios, proprietária do BPN, talvez seja o momento indicado para puxar pela memória – não é preciso fazer um grande esforço – e recordar outra grande figura que também manteve uma relação, digamos, pouco católica, com o banco liderado por Oliveira e Costa.

Os mais distraídos certamente não se lembram mas a verdade é que não foi apenas Rui Machete a adquirir acções da SLN a um preço pornograficamente baixo. Cavaco Silva também o fez. O amigo Oliveira e Costa, que ele levara para o seu Governo, vendeu-lhe – a ele e à sua filha Patrícia – um lote de 250 mil acções a metade do preço a que estavam a ser vendidas ao comum investidor. Entre a data da aquisição e a da venda as acções valorizaram 140%. Espectacular. Leiam com a reportagem que a Sábado publicou sobre o tema – um trabalho mais vasto, da autoria de António José Vilela, que fala de um crédito concedido pelo BPN ao genro de … Cavaco Silva – e digam lá que não queriam amigos destes.


[Transcrição do post com o mesmo título publicado pelo jornalista Fernando Esteves no seu blog]

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Este e outros artigos também nos blogs do autor (1 e 2).

2 comentários:

São disse...

O povo português, na sua grande maioria, tem memória escassa.

Ou , então, é cúmplice pois votou anos e anos neste cavalheiro, apesar de já se saberem muitas coisas estranhas.

Não existem inocentes...

Tudo de bom

Mentiroso disse...

Não, não há inocentes, são todos culpados.

Os portugueses são cumplicies convictos, pois votando nos seus algozes como masoquistas e lamentando-se sem cessar, rejeitam a democracia.