segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Democracia ou Ditadura a prazo ???

Em ditadura, os donos do quintal fazem dele aquilo que lhes aprouver, sem se preocuparem com os desconfortos, os descontentamentos das suas vítimas. Eram vitalícias, só terminando com a morte ou destituição violenta do «gestor». Mas parece terem passado de moda as ditaduras clássicas sendo substituídas, sob a capa flexível da dita democracia, a ditaduras a prazo renovável, de quatro ou cinco anos, em que os governantes esquecem que são mandatários da vontade dos eleitores e evidenciam a sua vaidade, arrogância, ambição, teimosia, custe o que custar, doa a quem doer, parecendo guiar-se pelo lema «os meus súbditos que se lixem».

E, por isso, não espanta o título da notícia Passos afasta revisão Constitucional e diz não temer impopularidade, frase que nenhum ditador clássico recusaria assinar.

Mas é certo que qualquer mudança gera dificuldades nas pessoas, por exigir esforço de adaptação, e isso acontecerá quando surgirem os resultados da tão prometida «Reforma do Estado» para os «cortes das gorduras». Esperemos que, ao decidir tais mudanças, se isso vier a acontecer, Passos não deixe de cumprir o seu lema de «não temer impopularidade» e corte onde deve ser cortado em vez de se limitar a exigir sacrifícios sobrepostos e repetitivos aos desfavorecidos pelo Poder.

Imagem de arquivo

2 comentários:

São disse...

Pois, concordo.

Só acrescento que o "melhor povo do mundo" não está, de modo algum, isento de responsabilidade : votou Cavaco para todos os lugares a que se propôs e mais de que uma vez; vota sempre nos mesmos Partidos e a Esquerda portuguesa não tem inteligência suficiente para construir uma plataforma comum.


Se for possível retirar estas letras idiotas de verificação, agradeço. É que cinco tentativas é demasiado!!

Boa semana.

A. João Soares disse...

Amiga São,

Toca num ponto muito importante. Os eleitores não estão preparados para viver em democracia (poder do povo). Os próprios políticos também não possuem inteligência e dedicação ao Pais em grau suficiente para melhorar os conhecimentos e a preparação cívica dos portugueses. Não lhes convém ter uma Nação instruída, porque é mais fácil governar despoticamente um povo inculto e sem vontade própria.

Os governantes consideram-se donos de Portugal, de todos os seus recursos a começar pelo capital humano.

Ontem ouvi isto que mostra o portuguesismo do Gaspar:
Foi ouvido na Comissão de Finanças da AR e expôs a sua opinião sobre a acção das Finanças em termos de idioma «economês» requintado, não perceptível pelos deputados, em maioria da área do direito. Por isso, as perguntas e os argumentos dos deputados eram desajustados aos termos usados pelo ministro. Este, propositadamente, continuava a usar o calão «economês».
No fim, quando se retirava, disse ao deputado que o acompanhava. «Com deputados deste tipo, é fácil dar esclarecimentos porque não apresentam argumentos de interesse e vencemos sempre».

Repare que mau político é este tipo! Não esclarece os deputados e muito menos os vulgares portugueses, como é que espera ter o apoio das pessoas e dos parceiros sociais?. Mas mesmo assim o povo aguenta-o !!!

Triste Portugal, triste povo, que vai ter um péssimo fim, talvez não muito distante.

Beijos
João