sábado, 26 de novembro de 2011

Despesas e iluminação feérica

Notícia de 22 de Outubro dizia que Barcelos apaga as luzes, mas paga férias, e que o presidente da Câmara prometeu resistir aos cortes nos subsídios e querer pagar aos funcionários com as poupanças que faz na iluminação pública.

Agora, em 25 de Novembro surge a notícia de que a Câmara de Alenquer ameaça retirar lâmpadas dispensáveis se a EDP não o fizer. A Câmara está na disposição de retirar centenas de lâmpadas de iluminação pública que considera desnecessárias depois de andar há mais de dois anos, segundo o presidente da autarquia, Jorge Riso, a tentar que a EDP o faça.

É escandalosa a iluminação feérica dos espaços públicos, muito acima do necessário e conveniente, que resulta em pesada factura a pagar pelos impostos dos contribuintes, só para benefício da EDP.
A imagem mostra uma avenida de Cascais que, como muitas outras, abusa da quantidade e potência das lâmpadas de iluminação pública. Para cúmulo, perto do local da foto, há um espaço privado, rigorosamente vedado com rede de arame, em cujo interior, em locais junto ao limite mais distante do espaço público, estão quatro candeeiros da iluminação pública, iguais aos da praceta contígua.

Os exemplos de Barcelos e de Alenquer merecem ser seguidos pelos restantes municípios, mas infelizmente, parece haver interesses ocultos que impedem a adequada gestão do dinheiro público.

2 comentários:

José Lopes disse...

Infelizmente há o oito e o oitenta. Uns não conseguem poupar por dificuldades de entendimento e há outros que vão em foguetórios e nem pensam em poupar...
Cumps

A. João Soares disse...

Caro Guardião,

A nossa sociedade sofre de defeitos que, ao longo do tempo, se tornaram tradição e se agravaram: trabalhar o menos possível, depender de subsídios, ignorar os perigos e não pensar na segurança, com fé em milagres e «seja o que Deus quiser».
Com esse desprezo pela segurança, multiplicam-se os acidentes de trabalho, de trânsito, domésticos e não se poupa.
Em casa não se educam as crianças para gerirem a sua vida, nas escolas parece não haver um professor que dê noções de aplicação prática dos conhecimentos teóricos que ensina.
E, assim, avançamos alegremente para o precipício.

Abraço
João