segunda-feira, 28 de junho de 2010

Há solução mas falta vontade

A crise continua sem esperanças de conclusão, apresar de os contribuintes serem esbulhados de tudo, porque o cancro não é extirpado pela raiz. Têm surgido muitos diagnósticos mas, agora, um médico aponta a terapia. Assim haja capacidade, honestidade e dedicação a Portugal por parte dos políticos eventualmente válidos que deitem a mão ao leme.

De Fernando Nobre foi dito por Mário Soares:

“Fernando Nobre é uma pessoa que admiro e que todos nós admiramos porque dedicou toda a sua vida aos outros sem pedir nada em troca e isso não tem paralelo”. “É uma figura que tem um grande relevo nacional” porque “não é só de política que vive o homem”. “Para um político que se preze o mais importante de tudo é respeitar os outros”.

Transcrevo parte do artigo que refere o discurso que fez em Arcos de Valdevez sobre a situação de Portugal e aponta algumas soluções para sair da crise:

Público. 27.06.2010. Por Lusa

O candidato presidencial Fernando Nobre comparou hoje a situação de Portugal a “uma hérnia estrangulada”, que precisa de ser operada antes que surja “a terrível peritonite e a irremediável morte”.

“Portugal precisa de trabalho e de acção, só com retórica não vamos lá”, referiu, em Arcos de Valdevez, Fernando Nobre, numa conferência integrada numa homenagem a Mário Soares. Para o também presidente da Assistência Médica Internacional, o país “está na iminência de uma gravíssima crise” e, por isso, precisa de “um plano de emergência”, que passe, desde logo, pelo “encerramento imediato de centenas ou até milhares de institutos e fundações públicos inúteis, salvo para os seus gestores”.

O fim de “certas” parcerias público privadas, a definição de medidas “moralizadoras nos salários, mordomias e reformas dos servidores de topo do Estado” e a racionalização dos meios utilizados na Função Pública são outras medidas que Nobre preconiza para o plano de emergência”. Defende ainda o congelamento de “todos os mega-projetos”, apostando os investimentos públicos para o apoio às pequenas e médias empresas, e a discriminação positiva do IVA e IRS.
“Já não há volta a dar, chegou a hora de encarar a realidade. É tempo de marcharmos todos contra os canhões que nos atingem: o fatalismo, o Chico-espertismo, a paralisante e sufocante partidarite aguda, a corrupção, a irresponsabilidade, a incompetência e o laxismo”, alertou. Nobre lembrou que Portugal “já viveu outros momentos semelhantes ou até piores” do que o actual, mas sempre teve “arte e engenho” para os ultrapassar. “Este dado histórico acalentador deve obstar ao pessimismo e ao fatalismo lusitano do momento”, disse ainda. (...)

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