De acordo com um estudo efectuado pelo Journal of Occupational and Environment Medicine (Jornal de Medicina Ocupacional e Ambiental) trabalhar mais de 60 horas por semana causa problemas mentais.
De acordo com o próprio Marreta, tal selvajaria não causa somente problemas mentais como é passível de matar, especialmente se tal acontecer antes do 1/2 dia.
De facto, o referido estudo aponta para várias perturbações que foram estudadas num universo de 60.000 trabalhadores de várias empresas privadas e estatais: depressão, ansiedade, outros problemas emocionais e abuso de substâncias.
Os resultados demonstram que 5% dos trabalhadores apresentavam níveis de stress de tal forma elevado que aumentavam o risco de sofrer uma perturbação mental séria. 9% registaram stress moderado, que é associado a uma possível patologia psicológica, e 22% dos inquiridos estavam a ter acompanhamento psicológico.
Ora este estudo vem juntar-se a outros mais, existentes, que provam linearmente que o aumento de produtividade não se alcança com o aumento de horas de trabalho e que, bem pelo contrário, tal se torna prejudicial à saude e desempenho do trabalhador, bem como obviamente acarreta perdas de produtividade e prejuízos a vários níveis para as empresas.
Os nossos "inginheiros" da produtividade que se eduquem e formem e que apostem na segurança e higiéne nas instalações, na formação profissional e nos incentivos aos trabalhadores, pois é esta a fórmula "mágica" para o real aumento da tal baixa produtividade que tanto apregoam.
1 comentário:
Não será certamente pelo aumento do número de horas de trabalho, por trabalhador, que estas novas empresas neoliberais atingirão as suas metas. Penso que esses "inginheiros" dos recursos humanos tenderão, mas é, a flexibilizar os horários de trabalho, de forma a que cada trabalhador trabalhe menos horas.
Em consequência, por cada trabalhador "flexibilizado" a empresa poupa em custos de mão-de-obra e o trabalhador - descartável - leva menos dinheiro para casa.
Há que travar esta espiral devoradora do neoliberalismo. Já!
Um abraço
Enviar um comentário