Estão reunidos em Roma 191 representantes dos países membros das Nações Unidas durante três dias para discutir a subida dos preços dos alimentos e as dramáticas consequências que afectarão mais violentamente os países mais pobres.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, sublinhou aos participantes da reunião extraordinária da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) que a solução mais simples para responder ao previsível aumento da procura será o aumento da produção mundial de alimentos de 50% até 2030. E salientou que estamos perante uma "oportunidade histórica para revitalizar a agricultura". É a forma mais positiva de reagir à escalada dos preços das matérias-primas agrícolas e ao aumento dos custos de produção - em especial devido aos recordes dos combustíveis. E é a prova de um grande erro cometido pela EU, ao ter reduzido e condicionado a nossa agricultura. Será desejável que a Europa aprenda a trabalhar com coerência e boa estratégia para conquistar uma posição de liderança e de exemplo no mundo.
Segundo os números da FAO, a actual crise provocou situações de fome em perto de 100 milhões de pessoas em todo o mundo. A emergência do actual contexto foi de tal maneira traumatizante e resultou em que a maior parte dos principais responsáveis políticos fizesse questão de estar em Roma durante o encontro.
A FAO avançou com algumas sugestões para aliviar o peso da crise actual. E o seu director, Jacques Diouf, numa chamada ao bom senso e ao realismo, declarou que "se os países em vias de desenvolvimento tivessem investido na agricultura o que gastaram em armas, o problema alimentar estaria neste momento resolvido". Ban Ki-Moon, no discurso de abertura, não hesitou em criticar os presentes, dizendo que "os governos puseram de lado decisões muito difíceis, nestes últimos tempos, e subestimaram a necessidade de investimentos na agricultura. Hoje, o mundo inteiro paga um preço demasiado alto". Mais claro não pode ser quanto à falta de capacidade e ao mau desempenho dos políticos actuais que não sabem sintonizar-se com a construção de um bom futuro para os seus cidadãos e para o mundo.
O presidente do Brasil, Lula da Silva, referindo-se aos mais de 800 milhões de pessoas que em todo o mundo, em cada noite, se deitam sem jantar, propôs encontros anuais entre países desenvolvidos e outros em vias de desenvolvimento como forma de arranjar novas fontes de recursos de financiamentos. Seria bom que tal intenção se tornasse realidade, para evitar uma catástrofe humanitária e social
Apontando o dedo aos subsídios agrícolas nos países industrializados, o presidente brasileiro solicitou a sua eliminação total, acrescentando que "é preciso evitar que a culpa do preço dos alimentos recaia e afecte os mais pobres". "Subsídios provocam dependência, quebram sistemas inteiros de produção, e provocam fome e pobreza onde poderia existir prosperidade. A verdadeira segurança alimentar deve ser global e baseada na cooperação". Os subsídios impedem o comércio internacional e a livre concorrência, fechando a exportação de países pobres que disporiam de excesso. Mas, na realidade a produção nesses países, mercê desses apoios, torna-se impossível por os Países ricos ali colocarem produtos mais baratos do que custaria a produção local. O ideal seria apoiar esta, para as populações locais deixarem de ter carências graves.
Segundo Jacques Diouf, director-geral da FAO, o momento é de acção rápida, pois "não há mais tempo para conversas, a instabilidade climática e os desastres dos últimos anos, provocam anualmente 262 milhões de vítimas de calamidades naturais, dos quais 98% vive em países em desenvolvimento".
O director geral da FAO, indicou que o mundo, em 2006, gastou 1,2 mil de dólares em armamento, enquanto se estragou comida no valor de 100 mil milhões de dólares. E o excesso de consumo por pessoas obesas chegou a 20 mil milhões a nível mundial. Isto denuncia incapacidade e incoerência dos responsáveis mundiais.
Também José Luís Zapatero, chefe do Governo espanhol, afirmou que "as instituições internacionais não têm sabido dar resposta às emergências económicas e sociais destes últimos anos". E considerou fundamental para a defesa da agricultura, "ajudar os pequenos agricultores criando condições que hoje não existem".
José Luís Zapatero, referiu que "as instituições internacionais não têm sabido dar resposta às emergências económicas e sociais destes últimos anos". E considerou fundamental para a defesa da agricultura, "ajudar os pequenos agricultores criando condições que hoje não existem".
Enfim, não parece ser necessário dizer muito mais para definir a doença. É, agora, imperioso que seja decidida a terapia e que os políticos de todo o mundo sejam capazes de a aplicar com eficiência, para bem da humanidade. E as grandes empresas económicas devem não esquecer que sem essa humanidade com boas condições de vida e poder de compra não conseguem fazer um nível de negócio d+suficiente para continuarem a operar. O desenvolvimento equilibrado com a justiça social será proveitoso para todos.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, sublinhou aos participantes da reunião extraordinária da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) que a solução mais simples para responder ao previsível aumento da procura será o aumento da produção mundial de alimentos de 50% até 2030. E salientou que estamos perante uma "oportunidade histórica para revitalizar a agricultura". É a forma mais positiva de reagir à escalada dos preços das matérias-primas agrícolas e ao aumento dos custos de produção - em especial devido aos recordes dos combustíveis. E é a prova de um grande erro cometido pela EU, ao ter reduzido e condicionado a nossa agricultura. Será desejável que a Europa aprenda a trabalhar com coerência e boa estratégia para conquistar uma posição de liderança e de exemplo no mundo.
Segundo os números da FAO, a actual crise provocou situações de fome em perto de 100 milhões de pessoas em todo o mundo. A emergência do actual contexto foi de tal maneira traumatizante e resultou em que a maior parte dos principais responsáveis políticos fizesse questão de estar em Roma durante o encontro.
A FAO avançou com algumas sugestões para aliviar o peso da crise actual. E o seu director, Jacques Diouf, numa chamada ao bom senso e ao realismo, declarou que "se os países em vias de desenvolvimento tivessem investido na agricultura o que gastaram em armas, o problema alimentar estaria neste momento resolvido". Ban Ki-Moon, no discurso de abertura, não hesitou em criticar os presentes, dizendo que "os governos puseram de lado decisões muito difíceis, nestes últimos tempos, e subestimaram a necessidade de investimentos na agricultura. Hoje, o mundo inteiro paga um preço demasiado alto". Mais claro não pode ser quanto à falta de capacidade e ao mau desempenho dos políticos actuais que não sabem sintonizar-se com a construção de um bom futuro para os seus cidadãos e para o mundo.
O presidente do Brasil, Lula da Silva, referindo-se aos mais de 800 milhões de pessoas que em todo o mundo, em cada noite, se deitam sem jantar, propôs encontros anuais entre países desenvolvidos e outros em vias de desenvolvimento como forma de arranjar novas fontes de recursos de financiamentos. Seria bom que tal intenção se tornasse realidade, para evitar uma catástrofe humanitária e social
Apontando o dedo aos subsídios agrícolas nos países industrializados, o presidente brasileiro solicitou a sua eliminação total, acrescentando que "é preciso evitar que a culpa do preço dos alimentos recaia e afecte os mais pobres". "Subsídios provocam dependência, quebram sistemas inteiros de produção, e provocam fome e pobreza onde poderia existir prosperidade. A verdadeira segurança alimentar deve ser global e baseada na cooperação". Os subsídios impedem o comércio internacional e a livre concorrência, fechando a exportação de países pobres que disporiam de excesso. Mas, na realidade a produção nesses países, mercê desses apoios, torna-se impossível por os Países ricos ali colocarem produtos mais baratos do que custaria a produção local. O ideal seria apoiar esta, para as populações locais deixarem de ter carências graves.
Segundo Jacques Diouf, director-geral da FAO, o momento é de acção rápida, pois "não há mais tempo para conversas, a instabilidade climática e os desastres dos últimos anos, provocam anualmente 262 milhões de vítimas de calamidades naturais, dos quais 98% vive em países em desenvolvimento".
O director geral da FAO, indicou que o mundo, em 2006, gastou 1,2 mil de dólares em armamento, enquanto se estragou comida no valor de 100 mil milhões de dólares. E o excesso de consumo por pessoas obesas chegou a 20 mil milhões a nível mundial. Isto denuncia incapacidade e incoerência dos responsáveis mundiais.
Também José Luís Zapatero, chefe do Governo espanhol, afirmou que "as instituições internacionais não têm sabido dar resposta às emergências económicas e sociais destes últimos anos". E considerou fundamental para a defesa da agricultura, "ajudar os pequenos agricultores criando condições que hoje não existem".
José Luís Zapatero, referiu que "as instituições internacionais não têm sabido dar resposta às emergências económicas e sociais destes últimos anos". E considerou fundamental para a defesa da agricultura, "ajudar os pequenos agricultores criando condições que hoje não existem".
Enfim, não parece ser necessário dizer muito mais para definir a doença. É, agora, imperioso que seja decidida a terapia e que os políticos de todo o mundo sejam capazes de a aplicar com eficiência, para bem da humanidade. E as grandes empresas económicas devem não esquecer que sem essa humanidade com boas condições de vida e poder de compra não conseguem fazer um nível de negócio d+suficiente para continuarem a operar. O desenvolvimento equilibrado com a justiça social será proveitoso para todos.
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