Independente do período de capitalismo a que nos refiramos, há um factor comum: a exploração. Essa exploração do homem pelo homem provém do capitalismo, cujo principal pilar é a propriedade privada dos meios de produção.
O processo de exploração pela propriedade privada acontece da seguinte forma: o proprietário detém os meios de produção e, por diversos formas, entre elas a contratação de trabalhadores que recebem salários, apropria-se de parte do seu trabalho, pois não lhes paga os frutos completos daquilo que produzem. Este excedente do trabalho alheio apropriado pelo proprietário é conhecido como mais-valia.
Proudhon enfatizava que a um indivíduo, o máximo que lhe pode ser pago pelo trabalho, é aquilo que ele mesmo pode produzir. Enfatizava, em O Que é a Propriedade de 1840, que “se o direito de ganho pudesse sujeitar-se às leis da razão e da justiça, ficaria reduzido a uma indemnização ou reconhecimento cujo máximo não ultrapassaria jamais, para um único trabalhador, certa fracção do que ele é capaz de produzir”. Ou seja, a um indivíduo, o máximo que lhe poderia ser pago, seria o total daquilo que ele produziu.
Este constituiria a base de seu raciocínio sobre a exploração por meio da propriedade privada. Ao empregar um número de trabalhadores, por exemplo, a tendência do patrão será sempre a de lhes pagar o menor salário possível e receber a maior quantia possível de dinheiro pelo seu trabalho. Ou seja, ter o mínimo custo e o maior lucro.
Nos dias de hoje o sistema foi adaptado. O mínimo a ser pago, é o mínimo aceite pelo “mercado” e como há muitos trabalhadores em situações gravíssimas de desemprego, sub-emprego, precaridade, etc., muito provavelmente, sempre haverá alguém disposto a receber menos pelo trabalho realizado. E se valor pago pelo proprietário não puder pagar as despesas do custo de vida do trabalhador? Ele que se desenrasque para conseguir outras fontes de rendimento ou reduza ainda mais o seu nível de vida.
Ao apropriar-se de uma parte do trabalho realizado pelos seus trabalhadores, o patrão - ou o detentor da propriedade privada - aparece, para Proudhon, como um usurpador, um ladrão. Isto porque o que é justo, na sua concepção, é que cada um receba os frutos completos de seu trabalho e, a partir do momento que, por ser o detentor da propriedade, o patrão lhes paga o mínimo possível, com o objectivo de acumular o máximo possível, apropriando-se de parte do valor do seu trabalho, o proprietário constitui-se num ladrão. Por tal Proudhon afirmou que a propiedade é um roubo. E porquê? Porque a propriedade privada dos meios de produção fornecerá ao proprietário uma forma injusta de enriquecer. A propriedade oferecerá ao proprietário o enriquecimento injusto pelo arrendamento, pelos juros recebidos, e também pela apropriação da mais valia de seus trabalhadores assalariados.
E a ganância do proprietário não tem limites, na maioria dos casos. O proprietário não se contenta com o ganho tal como o bom senso e a natureza das coisas lhe asseguram: quer ser pago dez, cem, mil, um milhão de vezes. E para atingir este objetivo, o proprietário não medirá esforços, o que levará Proudhon a concluir do porquê da propriedade ser impossível, dizendo: “…a propriedade, após despojar o trabalhador, assassina-o lentamente pelo esgotamento; ora, sem a espoliação e o assassinato a propriedade não é nada; com a espoliação e o assassinato ela logo perece, desamparada: logo, é impossível”.
O processo de exploração pela propriedade privada acontece da seguinte forma: o proprietário detém os meios de produção e, por diversos formas, entre elas a contratação de trabalhadores que recebem salários, apropria-se de parte do seu trabalho, pois não lhes paga os frutos completos daquilo que produzem. Este excedente do trabalho alheio apropriado pelo proprietário é conhecido como mais-valia.
Proudhon enfatizava que a um indivíduo, o máximo que lhe pode ser pago pelo trabalho, é aquilo que ele mesmo pode produzir. Enfatizava, em O Que é a Propriedade de 1840, que “se o direito de ganho pudesse sujeitar-se às leis da razão e da justiça, ficaria reduzido a uma indemnização ou reconhecimento cujo máximo não ultrapassaria jamais, para um único trabalhador, certa fracção do que ele é capaz de produzir”. Ou seja, a um indivíduo, o máximo que lhe poderia ser pago, seria o total daquilo que ele produziu.
Este constituiria a base de seu raciocínio sobre a exploração por meio da propriedade privada. Ao empregar um número de trabalhadores, por exemplo, a tendência do patrão será sempre a de lhes pagar o menor salário possível e receber a maior quantia possível de dinheiro pelo seu trabalho. Ou seja, ter o mínimo custo e o maior lucro.
Nos dias de hoje o sistema foi adaptado. O mínimo a ser pago, é o mínimo aceite pelo “mercado” e como há muitos trabalhadores em situações gravíssimas de desemprego, sub-emprego, precaridade, etc., muito provavelmente, sempre haverá alguém disposto a receber menos pelo trabalho realizado. E se valor pago pelo proprietário não puder pagar as despesas do custo de vida do trabalhador? Ele que se desenrasque para conseguir outras fontes de rendimento ou reduza ainda mais o seu nível de vida.
Ao apropriar-se de uma parte do trabalho realizado pelos seus trabalhadores, o patrão - ou o detentor da propriedade privada - aparece, para Proudhon, como um usurpador, um ladrão. Isto porque o que é justo, na sua concepção, é que cada um receba os frutos completos de seu trabalho e, a partir do momento que, por ser o detentor da propriedade, o patrão lhes paga o mínimo possível, com o objectivo de acumular o máximo possível, apropriando-se de parte do valor do seu trabalho, o proprietário constitui-se num ladrão. Por tal Proudhon afirmou que a propiedade é um roubo. E porquê? Porque a propriedade privada dos meios de produção fornecerá ao proprietário uma forma injusta de enriquecer. A propriedade oferecerá ao proprietário o enriquecimento injusto pelo arrendamento, pelos juros recebidos, e também pela apropriação da mais valia de seus trabalhadores assalariados.
E a ganância do proprietário não tem limites, na maioria dos casos. O proprietário não se contenta com o ganho tal como o bom senso e a natureza das coisas lhe asseguram: quer ser pago dez, cem, mil, um milhão de vezes. E para atingir este objetivo, o proprietário não medirá esforços, o que levará Proudhon a concluir do porquê da propriedade ser impossível, dizendo: “…a propriedade, após despojar o trabalhador, assassina-o lentamente pelo esgotamento; ora, sem a espoliação e o assassinato a propriedade não é nada; com a espoliação e o assassinato ela logo perece, desamparada: logo, é impossível”.
5 comentários:
Hoje (século XXI), os países do terceiro mundo não podem produzir; não podem se organizar; e, não podem possuir a sua estrutura de dinamização, sem pedir aos participantes do poder internacional, a forma de como se organizar e viver. Esses consentimentos que os burgueses internacionais dão aos seus subordinados só existem, quando os retornos para eles são maiores do que o sacrifício, em conceder aos seus sub-julgados, liberdade de organização, trabalho e dignidade para seus participantes. A verdade, é que o capitalismo continua mais forte do que nunca e extrapolou as expectativas dos princípios marxistas que previam a falência deste sistema e a dominação do socialismo, como bem demonstra Wright MILLS (1963), em seu livro Os Marxistas que faz uma análise pormenorizada das filosofias marxistas e neo-marxistas de todos os tempos.
Abraço
Paulo
Caro Marreta e Paulo Sempre,
É indiscutível que na economia de mercado existe exploração, que os donos das empresas e do capital procuram ter o máximo de benefício, mesmo que para isso tenham de cometer ilegalidades, como se tem visto com BCP, CPN, BPP, gasolineiras, etc. É uma imoralidade chocante.
Mas temos de reconhecer que não é fácil controlar sistematicamente as contas para evitar a exploração.
O valor de um produto quando o operário o acabou já tem incorporados muitos custos, passando pela amortização das máquinas e outros equipamentos, matérias primas, aluguer das instalações, rendimento do capital investido, administração, etc Depois surgem preços de embalagem, marketing, transportes, aliciamento dos clientes (marketing), impostos, seguros, etc.
Contabilizar tudo isto não é trabalho facilmente controlável.
Depois, há um factor psicológico e da cultura do País e do negócio: Se não houver benefício que compense os riscos do negócio, o capitalista optará por depositar o dinheiro a prazo e o País não progride nem se cria emprego.
MAS, os governos devem moralizar a economia, a fim de reduzir a exploração a valores aceitáveis por forma a reduzir o fosso entre ricos e pobres. Se uma família de trabalhador com 4 pessoas vive com um salário de XIS, nada justifica que haja quem, com uma família de 4 pessoas, ganhe mil vezes mais.
Na reforma já não há que defender posição social, nem prestígio da empresa ou do cargo de funcionário. E os privilegiados amontoaram muitas poupanças que dispensam reformas milionárias. Ao menos nessa fase da vida evite-se o referido fosso, reduzindo-o a valor aceitável.
Embora de difícil resolução, os problemas sociais devem ser sempre debatidos a fim de se atenuarem as injustiças.
Abraços e Boas Festas
João
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After reading the information, I may have different views, but I do think this is good BLOG!
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