Sexta-feira, 7 DE NOVEMBRO, às 21 horas
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Lisboa
Em PORTUGAL 20 mil milhões de euros para os especuladores
ESTE PLANO DEVE SER RETIRADO!
Em Dezembro de 2007, interpelado na Assembleia da República por Jerónimo de Sousa sobre se o compromisso de Sócrates era com o povo português ou com a UE, Sócrates respondeu: “O meu compromisso é com a Europa!”. Isto apesar do referendo à Constituição Europeia – documento semelhante em 95% ao Tratado de Lisboa – ser uma das suas promessas eleitorais.
No único país cujas leis nacionais obrigam à consulta popular por meio de referendo, o povo da Irlanda disse um “NÃO” peremptório ao Tratado de Lisboa. Desde então os dirigentes da União Europeia têm procurado por todos os meios dar a volta às leis que os próprios criaram para colocarem em causa esta escolha popular.
Agora o “compromisso” claramente assumido pelos governos europeus, em sintonia com os Estados Unidos da América, é com o capital financeiro, com os banqueiros e com as grandes empresas. Quando os trabalhadores vão para o desemprego, não há um cêntimo que seja usado a seu favor, sendo as próprias leis da União Europeia a impedi-lo.
Este mês, 3 mil trabalhadores da Nissan manifestaram-se contra o despedimento de mais de um terço dos assalariados da fábrica de Barcelona:
“O dinheiro deve ser para garantir os nossos empregos e não para salvar os banqueiros”, foram as palavras de ordem mais gritadas.
Entretanto os estudantes ingleses têm se manifestado aos milhares gritando:
“Dinheiro para as Universidades e não para os banqueiros!”.
Em Itália, Berlusconi procede a uma contra-reforma educativa que visa despedir 120 mil professores e cortes na ordem dos 8 mil milhões de euros só para o ensino universitário.
Em Portugal, 72% das famílias têm dificuldade em pagar as suas contas. Entre estas, as famílias de rendimentos mais baixos vêem metade destes serem absorvidos pelos encargos com o seu endividamento. Enquanto isto, o governo de José Sócrates decidiu desbloquear 20 mil milhões de euros para alimentar a especulação financeira.
Em conclusão: os governos da União Europeia, de acordo com os seus tratados e directivas, são unânimes em concordar que os dinheiros públicos devem ser usados para alimentar a especulação capitalista, mas não existe dinheiro para manter e desenvolver o sector produtivo.
Pela nossa parte, organizados na Comissão Nacional pela Ruptura com a União Europeia, consideramos que é preciso renacionalizar a Banca, tal como todos os outros sectores estratégicos da economia nacional (energia, transportes, seguradoras,…), para pôr em prática um plano de reconstrução nacional. Não são os trabalhadores que têm de suportar as consequências do sistema capitalista falido. Consideramos também que estas medidas não podem ser tomadas sem romper com a União Europeia e as suas instituições, condição para se poder construir uma União de Nações Livres e Soberanas de toda a Europa.
Mas, seja qual for a opinião que se possa ter sobre a necessidade de romper com a União Europeia, é urgente abrir o debate, para podermos clarificar toda esta problemática, para podermos dizer quais as propostas de acção que são necessárias e que fazem a unidade da população trabalhadora com as suas organizações.
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