Ao que parece, e segundo dados oficiais do Eurostat, Portugal tem neste momento a 5ª taxa de desemprego mais alta de toda a Europa Comunitária, atingindo já os 7,8%, sendo que a tendência será a de continuar a crescer até pelo menos atingir os 8,8% em 2010. Pelo andar da carruagem não haverá 150.000 empregos que nos salvem tão depressa, nem mesmo trabalho precário que consiga o milagre de impedir a linha ascendente de continuar a sua trajectória.
Quanto aos indicadores de confiança dos consumidores portugueses estão a pique e a atingir mínimos históricos, com a actividade económica e o consumo privado a piorar e o atífice das Finanças Teixeira dos Santos a anunciar uma revisão em baixa do crescimento da economia portuguesa em 2008, de 2,2% para 1,5%. Aliás, revisões em baixa são coisa a que este governo já nos habituou, um pouco como a tradição de regatear preços nos países árabes, mas aqui aplicada aos indicadores económicos.
Para os mais influenciáveis por estratégias natalícias convém referir que o total das dívidas contraídas pelas famílias portuguesas representa em média dois anos de salários, a taxa de poupança continua a descer, enquanto o rácio de incumprimento do crédito a particulares sobe, atingindo o valor mais elevado da última década.
É claro que a crise internacional terá certamente o seu impacto na economia nacional, isto apesar dos fazedores de marketing governamental o negarem e o próprio artífice-mor afirmar que “a nossa economia resiste e continuará a resisitir”, no entanto, é inegável que a “obra” é na sua grande parte da autoria da confraria governativa em exercício, bem como das antecedentes.
Para 2009 as previsões apontam para a continuidade da degradação económica e social, que afectará sobretudo as famílias mais carenciadas e os agregados mais jovens, como não podia deixar de ser. A consequência lógica será a do alargamento da fossa (fosso já era…) que separa os mais ricos dos mais pobres e que eu, como marreta que sou, tenho curiosidade em constatar quanto tempo demorará para atingir o tamanho da congénere fossa das Marianas.
E sendo assim, que seja o mais rápido possível de forma a que não tarde o inevitável “terramoto” que faça desabar as estruturas podres desta sociedade caduca.
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