segunda-feira, 26 de maio de 2008

Estado abdica do seu papel

O ministro da Economia, Manuel Pinho, recusou qualquer intervenção governamental sobre os preços dos produtos petrolíferos, conforme poderão verificar nesta notícia que publicámos no site, retirada do jornal Publico.pt.

Manuel Pinho põe assim de lado qualquer intervenção nos preços, quer através do seu congelamento, tal como foi feito no governo de António Guterres, quer de descidas ao nível dos impostos. Desta forma - em que o Estado abdica da sua função reguladora da sociedade - a Galp faz o que bem entende com o preço dos combustíveis. É o neoliberalismo em pleno, funcionando com a conivência de um governo que se apresentou ao eleitorado como socialista. Sê-lo-ia, se tivesse preocupações sociais, como evitar aos cidadãos este novo choque de preços. Mas a contestação não se fez esperar e organizações de revendedores e de cidadãos, estas espontâneas, já estão a mobilizar-se contra este novo atentado aos direitos de todos.

2 comentários:

Abrenúncio disse...

Então não é este o governo dos choques (de preços, tecnológicos, de encerramentos, ...)?
Este governo com tantos choques já é um trovão autêntico. Um trovão para os mais desfavorecidos e necessitados. De socialismo nada tem, antes seria melhor alterar a designação de Partido Socialista para Partido dos Sorvedores.
Saudações do Marreta.

A. João Soares disse...

Caro Jorge Borges,
Sem esse apoio implícito à GALP, esta não podia ter os lucros que tem. Veja este extracto de um e-mail que recebi agora:

«A GALP acabou de apresentar publicamente as contas referentes ao 1º Trimestre de 2008. E por elas ficamos a saber que esta petrolífera obteve, só no 1º Trimestre de 2008, 175 milhões de euros de lucros líquidos, ou seja, mais 22,4% do que em idêntico período de 2007.
E isto quando são exigidos tantos sacrifícios aos portugueses.
Mas ainda mais grave, é que 69 milhões de euros desses lucros,, que é o triplo do valor registado em 2007 (+ 228,6%), que foi de 21 milhões de euros, resultaram da especulação do preço do petróleo no mercado internacional, que a GALP e as outras petrolíferas se aproveitam para cobrarem aos portugueses preços de venda nos combustíveis excessivos e escandalosos..»


Como é que este País chegou a este estado de degradação?
Abraço
A. João Soares