Em ditadura, os donos do quintal fazem dele aquilo que lhes aprouver, sem se preocuparem com os desconfortos, os descontentamentos das suas vítimas. Eram vitalícias, só terminando com a morte ou destituição violenta do «gestor». Mas parece terem passado de moda as ditaduras clássicas sendo substituídas, sob a capa flexível da dita democracia, a ditaduras a prazo renovável, de quatro ou cinco anos, em que os governantes esquecem que são mandatários da vontade dos eleitores e evidenciam a sua vaidade, arrogância, ambição, teimosia, custe o que custar, doa a quem doer, parecendo guiar-se pelo lema «os meus súbditos que se lixem».
E, por isso, não espanta o título da notícia Passos afasta revisão Constitucional e diz não temer impopularidade, frase que nenhum ditador clássico recusaria assinar.
Mas é certo que qualquer mudança gera dificuldades nas pessoas, por exigir esforço de adaptação, e isso acontecerá quando surgirem os resultados da tão prometida «Reforma do Estado» para os «cortes das gorduras». Esperemos que, ao decidir tais mudanças, se isso vier a acontecer, Passos não deixe de cumprir o seu lema de «não temer impopularidade» e corte onde deve ser cortado em vez de se limitar a exigir sacrifícios sobrepostos e repetitivos aos desfavorecidos pelo Poder.
Imagem de arquivo
E, por isso, não espanta o título da notícia Passos afasta revisão Constitucional e diz não temer impopularidade, frase que nenhum ditador clássico recusaria assinar.
Mas é certo que qualquer mudança gera dificuldades nas pessoas, por exigir esforço de adaptação, e isso acontecerá quando surgirem os resultados da tão prometida «Reforma do Estado» para os «cortes das gorduras». Esperemos que, ao decidir tais mudanças, se isso vier a acontecer, Passos não deixe de cumprir o seu lema de «não temer impopularidade» e corte onde deve ser cortado em vez de se limitar a exigir sacrifícios sobrepostos e repetitivos aos desfavorecidos pelo Poder.
Imagem de arquivo
2 comentários:
Pois, concordo.
Só acrescento que o "melhor povo do mundo" não está, de modo algum, isento de responsabilidade : votou Cavaco para todos os lugares a que se propôs e mais de que uma vez; vota sempre nos mesmos Partidos e a Esquerda portuguesa não tem inteligência suficiente para construir uma plataforma comum.
Se for possível retirar estas letras idiotas de verificação, agradeço. É que cinco tentativas é demasiado!!
Boa semana.
Amiga São,
Toca num ponto muito importante. Os eleitores não estão preparados para viver em democracia (poder do povo). Os próprios políticos também não possuem inteligência e dedicação ao Pais em grau suficiente para melhorar os conhecimentos e a preparação cívica dos portugueses. Não lhes convém ter uma Nação instruída, porque é mais fácil governar despoticamente um povo inculto e sem vontade própria.
Os governantes consideram-se donos de Portugal, de todos os seus recursos a começar pelo capital humano.
Ontem ouvi isto que mostra o portuguesismo do Gaspar:
Foi ouvido na Comissão de Finanças da AR e expôs a sua opinião sobre a acção das Finanças em termos de idioma «economês» requintado, não perceptível pelos deputados, em maioria da área do direito. Por isso, as perguntas e os argumentos dos deputados eram desajustados aos termos usados pelo ministro. Este, propositadamente, continuava a usar o calão «economês».
No fim, quando se retirava, disse ao deputado que o acompanhava. «Com deputados deste tipo, é fácil dar esclarecimentos porque não apresentam argumentos de interesse e vencemos sempre».
Repare que mau político é este tipo! Não esclarece os deputados e muito menos os vulgares portugueses, como é que espera ter o apoio das pessoas e dos parceiros sociais?. Mas mesmo assim o povo aguenta-o !!!
Triste Portugal, triste povo, que vai ter um péssimo fim, talvez não muito distante.
Beijos
João
Enviar um comentário