sábado, 27 de fevereiro de 2010

Segredos Reveladores

Afinal, ela sabia. E aprovava! Que falsidade, fingir condenar o que se aprova, dizer que só tomou conhecimento quando toda a gente soube. A Manela Vígara Ferradora Leiteira, é o exemplo vivo do mal do partido e do país.

Qualquer pessoa com tal comportamento e no contexto em que o demonstrou, vigarista e tentando enganar todo um povo, seja qual o lugar que ocupe, só pode ser considerada entre os mais reles seres humanos digno de ser atirado para um curral de porcos e obrigado a comer com eles na mesma gamela até ao resto da vida e ser espancada de hora a hora. De certo e infelizmente, não é a única assim num país embrutecido por uma jornaleirada sem qualquer profissionalismo (é assim que se fabricam doutores em Portugal, cursos com equivalência não reconhecida por países avançados) onde a ignorância grassa e originou a estupidez, autêntico paraíso para vigaristas e ladrões terem êxito e ficarem impunes.

A Manela Leiteira foi sem dúvida o chefe de clã que mais traumatizou aquilo que é hoje a pior máfia oligárquica do país. O seu lema foi a mentira, a traição, a calúnia, a aleivosia, a infâmia, a detracção. Foi quem mais contribuiu para esse trauma que atinge os alicerces do PSD. Um partido assassinado por uma cambada de incapazes que só planeiam roubar o povo, navegando à deriva, mas em direcção oposta à da sua fundação. Quando tal corja cita o nome do Sá Carneiro é um ultraje à sua memória, um claro golpe de marketing burlão. O tempo da Leiteira no PSD ficará gravado como o tempo dos rascas mais canalhas do país.

Esse monstro de falsidade, imundo e bárbaro, teve ultimamente a ideia luminosa de afirmar que Portugal ia a caminho da mesma insolvência económica da Grécia. A falsa omitiu que, após o Cavaco, foi ela mesma quem mais contribuiu com as suas medidas aquando ministra das finanças. O pior, porém, nem foi a sua declaração, mas o local escolhido para a fazer. A Câmara de Comércio Luso-Francesa! Que animal.

Trata-se dum partido que consegue sacar votos à custa dum estratagema infame que consta de esquemas de logro. Evoca os nomes dos fundadores que traiu. Apoia-se na mentira e na falsidade. Explora indecentemente a ignorância dum povo de carneiros, que embrutecido não compreende os seus próprios interesses. Só assim se justifica que aprove e defenda desmioladamente quem o espolia para dar o seu dinheiro aos mais ricos.

Estes malditos não são os herdeiros políticos de gente de bem a quem pretendem roubar os louros, tais como Joaquim Magalhães Mota, Emídio Guerreiro, Jorge Sá Borges, Miguel Veiga ("Não me revejo na liderança do PSD"). A morte do Sá Carneiro foi a uma desgraça para o PSD e deu origem a esta casta de sacanagem. Com o Cavaco começaram a ladroagem em larga escala, os grandes aumentos para os políticos, as tão contestadas reformas acumuladas, a impunidade das máfias oligárquicas.

É claro como água que quem quer que seja que defenda este estado e procedimento terá de ser por ignorância, fanatismo de atrasado e desmiolado, tal e qual como defendem os seus clubes de futebol, sobretudo quando são os mais pobres. Doutro modo, como podem eles aprovar quem tente fazê-los passar fome para dar aos que mais têm? Como poderá ser de outra forma num dos países mais pobres e atrasados?

Tenhamos em mente que o PSD actual nada tem a ver com as suas bases, que se tornou o partido mais pernicioso para o país. De não esquecer também que os outros partidos não são melhores. Afinal nenhum qualquer partido pode ser melhor do que aqueles que o compõem. A única solução é acabar com as máfias na política, submetendo-as a prestar contas de todos os seus actos ao povo soberano, como em democracia. De outro modo, a roubalheira e a fantochada continuarão a tomar conta do país.

Crítica de Passos Coelho
Estava a par das intenções da Portugal Telecom
Conhecia negócio da compra da TVI
Confirma que sabia do negócio
Sabia e estava de acordo com plano de compra da TVI

Há mais, evidentemente. O que é de sublinhar é que os blogs de fanáticos do género acima descrito permaneceram mudos como pedras. Que mistura de estupidez e de falsidade sectária!

Este e outros artigos também publicados nos blogs do autor (1 e 2).

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Problema
A Privacidade Devassada

João Paulo Guerra é um jornalista que foge à actual regra do bando dos rascas desinformadores que infestam a paisagem desinformadora nacional. Uma das raras excepções.

O seu artigo, transcrito abaixo e publicado no Económico de ontem, é a sua análise às escutas telefónicas que actualmente fazem o furor da jornaleirada e da podridão política, de que todos procuram tirar o máximo de dividendos, tudo atropelando no seu caminho como os selvagens e incivilizados que são. Todavia, é disto que o Zé Povinho gosta e aprecia, o que dá votos e que a canalha política não desperdiça para os sacar aos mentecaptos. Com grande êxito, pelo que se observa.

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O problema das escutas é que as escutas são várias ordens de problemas.

Um problema de privacidade devassada, a que se recorre por tudo e por nada e fora de controlo judicial razoável, e que raramente se contém nos seus limites judiciais, em particular em casos mediáticos. E também porque o conteúdo das escutas pode gerar situações em que o direito à informação se sobrepõe à privacidade, o que poderá ser motivo de problemas para os escutados.

Em geral os visados pela divulgação de escutas sobrepõem o segredo de justiça à própria justiça. E assim, em vez de se discutir e esclarecer se o Governo teve ou não teve um plano para o controlo dos media, ou se os árbitros de futebol foram ou não presenteados com cabazes de "fruta", por quem e com que fim, passa a discutir-se como é que as escutas aparecem transcritas nos jornais ou em exibição no Youtube. Cada discussão tem a sua razão de ser e o seu lugar. Mas nenhuma pode ou deve anular a outra. E responder sobre o conteúdo de uma questão alegando vício na forma é escamotear os problemas.

E há mais. A divulgação de certas escutas, ou de outros meios, que depois por artifícios legais não servem como elemento de prova, suscitam diversas perplexidades. Se não servem como elemento de prova, quem as fez, com que autorização e com que fim? Porque se é verdade que há escutas a mais e fora de controlo, também é certo que há muita porcaria que vem à superfície nas escutas sobre a qual o quadro legal passa uma esponja.

A tudo isto, o poder prefere discutir de onde e como é que fugiu determinada escuta em concreto, procurando que tudo acabe com a decapitação do mensageiro. Em geral não é possível saber. Mas sempre se deixa de falar na letra para trautear apenas a música do costume.

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Porém, nada disto é novo e a legislação, parida por incapazes calões parasitas, dos quais uma maioria são advogados falhados, não é estranha a esta situação. Veja-se outro artigo do mesmo autor já antigo, de 31-10-2007, mas que nos revela algo de interessante nesse sentido.

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Em Portugal, em matéria de escutas telefónicas, as coisas passam-se da seguinte maneira: há sofisticado equipamento destinado a escutas, telefónicas e outras, cuja comercialização está devidamente autorizada mas cuja utilização é considerada ilegal.

Nesta espécie de democracia e de Estado de Direito, tudo se passa como numa rábula do Gato Fedorento. Pode comprar-se equipamento para escutas? Pode. Mas as escutas depois são ilegais? São. Mas com o equipamento que é permitido comprar podem fazer-se? Podem. Mas não são legais? Não. E podendo comprar-se equipamento para escutas há quem o compre? Há. E quem depois o utilize para escutas ilegais? Sim. E depois o que é que acontece? O procurador-geral da República ouve ruídos no telemóvel. E que acontece mais? Mais nada. Mas podia acontecer? Podia. Mas não acontece? Não.

Mas porque não se interdita a venda de equipamento destinado a fazer escutas ilegais? Porque não. E porque se mantém à venda equipamento destinado à prática de uma ilegalidade? Porque sim. E é assim que o negócio e as comissões vão prosperando e as escutas ilegais proliferando. O “Público” de ontem identificava nove instituições, civis e militares, que poderão entregar-se actualmente à prática de escutas telefónicas e outras, desde as polícias ao Fisco, dos serviços secretos às alfândegas, sendo que algumas dessas instituições o fazem abusivamente.

Acresce que o poder em Portugal é uma espécie de pescadinha de rabo na boca. À alternância do “centralão” soma-se o alterne de um elenco que reparte o direito de admissão pelas câmaras e antecâmaras do poder. E é assim que todos praticam os mesmos actos e que todos ficam reféns uns dos outros. Chama-se a isto cumplicidade.

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Há muitos a que convém que se acredite que isto seja uma democracia, e até há muito carneiro que acredita. É que não é só isto...

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Mais uma Prova Real do Atraso Mental do Povo

A apresentação da candidatura do pior, mais ordinário, mais rasca, mais sacana e mais antidemocrático político nacional mostra o estado da mentalidade do povo. De outro modo, um animal que berra, gesticula e esperneia como um capado na Lavandaria Nacional, que mais mente e é impostor nas suas alocuções, que vomita as maiores irracionalidades, jamais ousaria avançar com tais pretensões. Aliás, foi o mesmo atraso mental, anteriormente citado, que o elegeu ao PE.

No enaltecimento ao seu partido ao anunciar a sua candidatura, obliterou completamente o que originou a miséria, a pobreza e a desgraça actuais. Como se destruíram as indústrias, a agricultura e as pescas. Como os seus pares enriqueceram roubando descaradamente os fundos europeus e extraviando o restante, provocando uma inflação de mais de 5%. Foi obra!

Tudo isto se passou enquanto os outros países aproveitaram os mesmos fundos para se prepararem para o futuro. A falha de Portugal neste ponto produziu a miséria que se conhece. Os paspalhos que viveram esse tempo já se esqueceram de tudo! Deixaram que lhes lavassem a memória e emprenham agora pelos ouvidos em lugar de usar a sua própria mioleira.

Acreditando na passividade dum povo embrutecido por uma jornaleirada desinformadora, tem razão em pretender poder ganhar a simpatia dos tolos.

Um facto é certo e a pouco e pouco os políticos o reconhecerão, pois que as circunstâncias o transformarão no seu interesse. Afinal, só os interesses deles para eles contam. A miséria que levou tantos anos a implantar-se não vai desaparecer por toque de varinha mágica. A miséria implantou-se para durar décadas, mais tempo quanto aquele que demorou a implantar-se.

Todos estes factos eram bem previsíveis na altura. Outras consequências seriam impossíveis dado o sistema que os governos do Cavaco seguiam. Não era preciso ter qualquer dote especial para o compreender, mas apenas não emprenhar pelos ouvidos, observar e comparar o que se passava em Portugal com os outros países. Parece que ninguém viu, mas isto foi escrito logo depois de ter acontecido e encontra-se há anos publicado na internet.

Portanto, o que diz o título do presente não pode ser considerado como uma novidade, mas apenas uma continuidade lógica e normal, tal como aquando da preparação da nossa miséria. Porque será que o povo tão atrasado prefere ser dominado pelas corjas de ladrões corruptos e desinformadores reles? Será por masoquismo?

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OS CULPADOS

Ultimamente, os grandes “crânios” do empresariado português coadjuvado pela elite política mais conservadora, têm-se empenhado em ditar o nosso presente e futuro. Fazem-no com arrogância, ignorância e desprezo pelo povo.

Para eles somos atrasados, medíocres e ainda nos encontramos no tempo da canga fascista de antanho.

Propostas arrogantes, como se o País fosse sua propriedade e os trabalhadores tivessem de regressar à condição de criados e de servos. Como se os salários tivessem de baixar ao limite da sobrevivência e fosse imprescindível destruir os serviços sociais e os direitos do trabalho.

Como se o Estado tivesse de ser desmantelado. Dizem que o Leste é que é bom, lá os salários são baixos, os impostos irrisórios, os trabalhadores disponíveis, os despedimentos fáceis. Países competitivos, dizem. Mais competitivos são, por exemplo, Marrocos, o Gana, ou o Haiti. Nestes países é mais fácil despedir um trabalhador do que cuspir para o lado e os salários são simbólicos. São nestes “paraísos competitivos” que as populações fogem e emigram mesmo arriscando a vida.

A direita portuguesa tem a cabeça suja e confusa. Os nossos empresários não percebem uma coisa simples. O problema de Portugal não está no Estado, nem nos trabalhadores. Está sim neles mesmos, numa elite que se julga excelente, mas que na realidade é primitiva, ignorante, saloia e incompetente. Uma elite que nunca se cumpriu historicamente como burguesia. Uma elite que não sabe o que é, menos ainda o que quer.
Se dermos rédea solta a estes patrões e pessoal político, que lê o mundo pelos manuais de divulgação do neo-liberalismo mais tacanho, corremos o risco de o País deixar de ser um Estado de direito para ser um estado desgraçado, uma colónia do capitalismo internacional, um sítio mal frequentado. Reclamemos os nossos direitos de cidadania e expliquemos, sem arrogância, que eles são apenas os mais ignorantes de nós.

# ferroadas